ESTADO
Na segunda-feira, dia 19, advogados apresentaram a defesa do governador afastado Wilson Witzel (PSC), em processo de impeachment no Tribunal Especial Misto (TEM). A defesa será apreciada pelo relator do processo de impeachment no TEM, Waldeck Carneiro (PT).
A informação é e que trata-se de um documento contendo 49 páginas, bem menor que a defesa apresentada à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que teve 681. Nela, a defesa discorre sobre as atribuições do governador e defende a tese de que Witzel não interferia diretamente no funcionamento de cada secretaria e em seus ordenamentos de despesas. O relator do caso terá dez dias para analisar os argumentos e, então, apresentar um parecer, para ser votado pelo Tribunal Misto, que definirá se aceita ou não a denúncia.
O documento faz críticas ao ex-secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, que o cita em delação feita à Procuradoria-Geral da República, e ao ex-subsecretário executivo de Saúde, Gabriell Neves. Os dois chegaram a ser presos. Witzel nega ainda vínculos com o empresário Mário Peixoto, dono de diversas empresas com contratos com o estado e apontado como dono de empresas que mantiveram contratos de fachada com o escritório de advocacia da primeira dama, Helena Witzel.
NEGA IRREGULARIDADE
A defesa nega qualquer irregularidade cometida pelo governador afastado nesses atos e se alonga em detalhes biográficos da vida dele. Lembra a defesa que Witzel é filho de uma empregada doméstica com um metalúrgico e cita ainda a forma como se aproximou da primeira-dama Helena Witzel, também investigada. O documento critica a decisão do Ministro Benedito Gonçalves, do STJ, que o afastou do cargo, e a qualifica como precária.
O Tribunal Misto é formado por cinco deputados estaduais, cinco desembargadores da justiça estadual e pelo presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que tem direito ao voto de minerva em caso de empate.
