VOLTA REDONDA
Segundo informações divulgadas ontem pela direção do Hospital Hinja, de Volta Redonda, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Gothardo Netto, diretor do local, já recebeu alta e foi transferido para o Rio de Janeiro. Ele foi preso na última sexta-feira após operação da Polícia Federal e teve uma crise hipertensiva. Segundo a Polícia Federal, nesta terça-feira Gothardo será encaminhado ao sistema prisional.
O Hinja, referência em tratamento Oncológico, pelo Sistema SUS, na Região Sul Fluminense – tranquiliza os pacientes, informando que o atendimento continuará seguindo a normalidade, de acordo com o compromisso de sua competente equipe profissional. “A defesa, nos processos tributários iniciados no ano de 2016, está de posse de todos os documentos que revelam a regularidade de suas operações, para propor ao Ministro do STJ a revogação de sua decisão monocrática”, diz a nota enviada pelo hospital,frisando que os atos recentes serão esclarecidos e comprovada a lisura de todas as ações.
PRISÃO
Na última sexta-feira, foram cumpridos pela PF 83 mandatos de busca e apreensão, além de 13 de prisão. Uma investigação aponta que Wilson Witzel seria o líder de um esquema de desvios na saúde, teor da Operação Tris In Idem. O afastamento do governador foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de Gothardo, foram presos o presidente do PSC, Pastor Everaldo, o advogado Lucas Tristão, ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. Um dos alvos de mandados de busca e apreensão foi também o vice-governador Claudio Castro, assim como o presidente da Alerj, André Ceciliano. A primeira dama Helena Witzel também foi denunciada pela Procuradoria Geral da República por corrupção (ativa e passiva) e lavagem de dinheiro. A operação foi feita com base na delação do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, em outras ações. Essa operação indica que Witzel também se cercou de integrantes de dentro e de fora do governo para dar continuidade ao esquema de corrupção, a exemplo de Sérgio Cabral, que está preso.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o escritório de advocacia da primeira dama Helena Witzel recebeu R$ 554,2 mil entre 13 de agosto de 2019 e 19 de maio deste ano de quatro entidades de saúde ligadas a membros da organização criminosa. Seria uma espécie de operacionalização da “prática de corrupção e posterior lavagem de capitais”. Parte desse valor, cerca de R$ 74 mil, foi parar diretamente nas contas do governador. Segundo os investigadores, ela tinha casos praticamente inexpressivos antes do marido tomar posse, em janeiro de 2019. Ela teria contratos ligados a empresas de Mario Peixoto e Gothardo Netto. Quatro no total que passaram a render a primeira-dama R$ 60 mil mensais.