VOLTA REDONDA
Depois de um período de esperança e expectativa, o adolescente Eduardo de Sousa Nascimento, de 12 anos, diagnosticado com ceratocone, doença que causa cegueira, comemora. A família, que reside no bairro Água Limpa, em Volta Redonda, além de comemorar, agradece às pessoas que aderiram à campanha para que o menino conseguisse realizar uma cirurgia com urgência.
A mãe do menino, a técnica em enfermagem, Roseli Vieira de Sousa Nascimento, de 47 anos, contou ao A VOZ DA CIDADE que Eduardo fez a cirurgia e passa bem. “Nos primeiros dias da cirurgia ele sentiu um incômodo e dor, mas com os medicamentos as dores aliviam. Agradeço por tudo e a todos que contribuíram para a realização da cirurgia do Eduardo. Que Deus abençoe a todos dando bênçãos sem medidas. Deus recompensa. Obrigada”, agradeceu a mãe, lembrando que Eduardo segue em recuperação.
TRANSPLANTE DE CÓRNEA
Vale lembrar que, após ser diagnosticado com ceratocone no ano passado, o adolescente, em abril foi submetido a um transplante de córnea do olho esquerdo. Além disso, ele necessitava de outra cirurgia no olho direto, a crosslinkingd colágeno, devido à progressão do ceratocone. Essa que ele acabou de fazer. Na ocasião, a família, que não tinha condições de arcar com a cirurgia, foi informada que necessitava de R$1.600. Sendo assim, para arrecadar a quantia, a família lançou uma campanha e conseguiu o valor.
Na ocasião do lançamento da campanha, a mãe do adolescente informou que havia um ano de quatro meses que ele estava em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Oftalmológico de Sorocaba/Banco de Olhos de Sorocaba (BOS). Ele foi encaminhado de Volta Redonda para o BOS, mas por ele não ser morador da cidade de Sorocaba, a unidade hospitalar informou que não poderia realizar esse procedimento pelo SUS.
OUTROS GASTOS
Mesmo contando com o transporte gratuito oferecido pela Prefeitura de Volta Redonda, a família teve que arcar com outros gastos. A mãe do jovem explicou que, mesmo após a cirurgia de transplante de córnea, Eduardo não ficou no hospital. Ele teve alta logo, mas até teria que retornar para a revisão e o tratamento na outra vista. Tinha semana que ele viajava três vezes para a cidade paulistana, já que o acompanhamento médico tem que ser feito. “No dia da consulta temos que estar lá. Se perdermos temos que voltar para a fila. Por isso estávamos preocupados sem saber se íamos ou não conseguir ajuda para arcar com a cirurgia e outras despesas. Mas graças a Deus e a boa vontade das pessoas conseguimos”, declarou a mulher, lembrando que o tratamento ele fez pelo SUS, mas que a cirurgia não cobre. Teve que ser feita particular.
Ainda de acordo com a técnica em enfermagem, mesmo depois dessa cirurgia, Eduardo terá que usar lentes especiais nos dois olhos. “Agora estamos focados na recuperação dessa cirurgia e no agradecimento às pessoas. Depois iniciaremos outra nova luta para conseguirmos as lestes”, concluiu.