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Família de criança assassinada precisa de ajuda jurídica e psicológica

Por Mônica Vieira
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BARRA MANSA/PORTO REAL

A família da pequena Anitta Myllena Maris de Oliveira, de três anos, assassinada em março do ano passado em Porto Real, está sem ajuda jurídica e psicológica. O A VOZ DA CIDADE conversou hoje com a tia da criança, Janaina Ivone Raimundo Faria de Oliveira, que contou que os parentes não estão conseguindo retorno quanto ao andamento do processo. Além disso, os quatro irmãos da menina não estão tendo acompanhamento psicológico. Hoje, a família Anitta tenta se reestruturar do trauma apenas com ajuda de amigos e parentes.

Um casal estava tomando conta da criança e de sua irmã, que hoje tem 11 anos. Na ocasião, os pais delas estavam presos e os dois teriam ficado cuidado delas para a família, com permissão tanto do pai, quanto da mãe. Porém, acredita a tia, o homem perdeu o controle e agrediu a criança com golpes na cabeça, já que a mesma, além de pequena, chorava muito com saudade da mãe.

Na segunda-feira, dia 29, os suspeitos foram ouvidos no Fórum de Porto Real. Contudo, não há informações ainda se eles irão a júri popular e quando ocorrerá. Os depoimentos foram anexados no processo e uma nova data será marcada.

Família mora em uma casa no Vila Mury – Divulgação

“Os pais da Anitta não têm condições de contratar um advogado e estamos sozinhos nessa batalha. Fomos ao Fórum e ficamos quase seis horas lá, sem nenhuma resposta. Estamos sem apoio jurídico nenhum, contando apenas com ajuda da Defensoria Pública”, disse Janaina, destacando que entre os familiares presentes, a bisavó de Anitta, de 84 anos, passou à tarde no local querendo ter retorno do que foi feito com a bisneta.


Janaina, que hoje é uma das principais pessoas da família que tentam ajudar a mãe da Anitta, que tem 38 anos, e os irmãos, de nove, 11, 13 e 14 anos, conta que eles moram em um barraco no Vila Elmira. “Ela está em liberdade domiciliar para tratar da saúde e não está nada bem. Ela não faz nenhum mal as crianças e eles gostam muito dela, não querem a abandonar”, explicou Janaina, contando que hoje os pais da pequena Anitta não vivem mais juntos.

“Estou fazendo de tudo para ajudá-los, mas a família precisa de uma atenção maior, tanto a mãe quando as crianças. Os filhos podem até ficar com os parentes, mas não querem”, frisa a parente, dizendo que eles estão correndo atrás de ajuda com alimentos, material de construção, para arrumar a casa da família, além de acompanhamento médico e jurídico, para acompanhar o crime. “Peço para não dar dinheiro a ninguém. Não é essa ajuda. Qualquer coisa, pode me ligar caso alguém queira ajudar em melhoria de vida”, disse Janaina, que atende pelo número (24) 9 9833-7188.

O CASO

A criança deu entrada no Hospital Municipal São Francisco de Assis, em Porto Real, já sem vida, no dia 31 de março de 2018. Lá, o suspeito foi preso por agentes do 37º Batalhão da Polícia Militar. Ele teria confessado aos policiais que tomava conta da criança e que teria batido nela. Contra ele, havia mandado de prisão em aberto por porte de arma e tráfico de drogas, por isso foi levado preso.

A respeito da prisão da esposa dele, segundo o Grupo de Investigações Criminais da 100ª Delegacia Legal de Polícia Civil de Porto Real, a juíza teria baseado o pedido suspeitando  de omissão por sua parte.

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