BARRA MANSA
A demora para conclusão de uma obra que está sendo realizada desde o ano passado na Ponte Vereadora Ruth Coutinho, no Centro de Barra Mansa, têm gerado preocupações e revolta nos pais, pedestres e moradores da Rua Argemiro de Paula Coutinho. Em maio de 2022, o A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras (Seinfra), responsável pela obra para saber sobre a reforma. Na época, o órgão informou que a obra seria entregue até julho de 2022. O que até hoje não aconteceu.
O problema todo surgiu em 2019. Com as cheias do Rio Barra Mansa, parte da base da ponte ficou comprometida. Por esse motivo, as obras precisaram ser realizadas com urgência, já que o local é uma das principais formas de acesso a Escola Firjan Sesi, que possui cerca de 1,2 mil alunos, e ao Fórum Municipal.
Desde o início da reforma, os veículos estão impedidos de passar pela rua. Para os automóveis terem acesso ao fórum e a escola, é necessário dar a volta pela Rodovia Sérgio Braga. Para não impedir o acesso dos pedestres, em maio de 2022, o Governo do Estado instalou uma passarela provisória, com chão feito de tábuas. Apesar da iniciativa ajudar na locomoção, os moradores e usuários da passarela comentam sobre a falta de manutenção e de segurança do local, pois ela balança constantemente e as tábuas estão ficando perigosas.
Marinei Gonçalves, de 49 anos, conta que desde que a obra começou, passa pela passarela e explica que, apesar do tempo, os receios são os mesmo. “Isso está assim há muito tempo. Tenho conhecidos que não passam por essa passarela por medo. Eu só passo porque não tenho opção”, disse.
Durante a tarde desta quarta-feira, dia 18, Marcela Regina, de 35 anos, precisou passar pela estrutura provisória para ter acesso ao fórum e falou sobre a preocupação com a integridade física dos pedestres. “É horrível passar por ali. Essa obra precisa acabar. Eu fiquei com medo de andar nessa passarela. Saber que tem uma escola aqui do lado e que crianças passam por aqui, é preocupante”, relatou.
Tayana Gonçalves, é mãe de uma das estudantes do Colégio Firjan Sesi. Ela conta que estava aliviada em pensar que a obra poderia ter acabado antes do retorno escolar deste ano. Mas parece que isso não será possível. “As aulas vão começar e a obra não está pronta. Com as aulas, o fluxo de veículos na frente da escola e do fórum é muito alto. Passamos o ano passado inteiro praticamente parados por vários minutos esperando trens passarem para podermos levar ou buscar nossas crianças. Imagina em uma emergência de saúde uma ambulância ficar parada esperando o trem e uma criança morre? Isso precisa ser finalmente resolvido”, lamenta.
Em maio de 2022, o jornal A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a Seinfra para falar sobre os receios dos pais e estudantes que passam pela passarela e precisam dividir o espaço de cerca de um metro, com diversas pessoas. Na época, a secretaria informou que acionaria a empresa responsável pela obra para melhorar as condições de segurança da passarela provisória e confirmou que a reforma da ponte Vereadora Ruth Coutinho, seria entregue em julho.
Nesta quarta-feira, dia 18, o jornal entrou em contato novamente com o órgão para questionar o motivo pelo qual a obra não foi entregue e qual será a nova previsão para conclusão. Nossa equipe questionou também, se durante esse tempo alguma manutenção foi realizada na passarela provisória. Até a publicação desta reportagem a secretaria não havia retornado o contato.