VOLTA REDONDA
O ex-vereador Vander Temponi foi absolvido nesta terça-feira, dia 25, do processo que o condenava a quase 25 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, em um suposto esquema de ‘rachadinha’. A decisão foi tomada por um colegiado de desembargadores da 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e ainda cabe recurso.
O advogado de Temponi, Márcio Delambert, afirmou que a principal linha de defesa foi a ausência de provas que caracterizassem a prática criminosa. “Sempre dissemos que a narrativa do Ministério Público não demonstrava a existência do crime de rachadinha. Agora, três desembargadores analisaram os autos e decidiram pela absolvição de todos os acusados”, declarou.
A condenação inicial, proferida em 29 de abril de 2023 pelo juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira, da 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do TJRJ, resultou na perda do mandato de Temponi na Câmara de Volta Redonda.
Após a decisão favorável, o ex-vereador celebrou o desfecho do caso. “Fico feliz com o resultado, que representa a verdadeira Justiça. Agora é seguir em frente e continuar trabalhando por nossa cidade”, disse ao A VOZ DA CIDADE. Temponi disputou a reeleição em 2024, mas não obteve sucesso. Atualmente, ocupa o cargo de assessor legislativo do prefeito Antonio Francisco Neto.
Na eleição de 2020, sua primeira disputa, ele conquistou 1.561 votos. Já em 2024, mesmo após a repercussão do caso, ampliou sua votação para 1.781 votos, mas não se reelegeu devido às regras do coeficiente partidário do União Brasil.
O CASO
A denúncia contra Vander Temponi foi apresentada em 2023, resultando em seu afastamento temporário da Câmara por quase dois meses, até ser reconduzido ao cargo por decisão judicial. O processo também envolvia dois assessores, condenados a 13 anos de prisão, que agora foram igualmente absolvidos.
A acusação sustentava que Temponi liderava uma organização criminosa voltada para o desvio de recursos públicos por meio da prática de rachadinha – retenção de parte dos salários dos assessores parlamentares. No entanto, com a decisão do TJRJ, todos os réus foram inocentados das acusações.