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Estudantes e professores realizam atividades na Beira Rio

Por Andre
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VOLTA REDONDA

No sábado, dia 30 de abril, 40 estudantes ligados à UGB curso de Arquitetura e Urbanismo e ao MEP – curso Pré-vestibular Cidadão, orientados por professores, realizaram trabalho de observação na Beira Rio em Volta Redonda. A atividade de campo faz parte do projeto ‘Um Olhar para o Rio Paraíba do Sul e descobertas’, desenvolvido pelas duas instituições de ensino.

“Devido ao tempo nublado, o percurso foi alterado. Iniciamos na Praça da Igreja Santo Antônio, bairro Niterói, lugar histórico de VR, e depois seguimos caminhando e observando os múltiplos cenários do rio Paraíba, pela da Beira Rio até o bairro Vila Mury.”  Explicou Renata Fortini, arquiteta e professora do curso de arquitetura e urbanismo.

O RIO, UM SER VIVO

Os estudantes atentos, observaram e analisaram durante o percurso de 2km, vários aspectos a partir da preleção sobre história do povoado. Observaram, a mata ciliar, as estruturas das pontes, as construções, o esgoto in natura, tipo de árvores, a ciclovia, a curva do rio e a sua ‘geobiodiversidade’. A futura urbanista, Ana Leticia Ramos, ficou impactada com o que viu e comentou o que experiência oportunizou novo olhares e atitudes para o ‘ser vivo’, o Rio Paraíba do Sul.

“Acredito, o olhar cidadão para rio é muito importante, a gente ter a visão do rio e a sua ligação com as pessoas faz a diferença. Como futura urbanista, compreender a relação, entender como ele(rio) se dá na cidade, como surgiu, se comporta é espetacular. O clima, as vegetações, as estruturas construídas, os resíduos… Provocam em nós olhar o rio como um ser vivo, e que precisa ser cuidado.”


“Estudo, conheço o rio, sei das suas potencialidades e das agressões a esse ser. O tempo que trabalhei no INEA, já batia na questão das urgências no que diz respeito ao respeitar e cuidar do Rio Paraíba e seus afluentes: degradação, poluição, contaminações diversas, assoreamento, esgoto jogado na água que bebemos. Agora estamos aqui, a crise climática associada a outras crises, até civilizacional, exige que o cuidado começa agora, e já! Não podemos esperar mais. O rio não vai suportar e nem nós.”   Pontuou com muita ênfase Michel Bastos, biólogo e subcoordenador da Equipe Socioambiental do MEP, ao explicar para os estudantes aspectos relacionados a biodiversidade do rio.

A CURVA DO RIO E PEDREIRA DA VOLDAC

Já Mateus Henrique, o geólogo e membro da equipe do MEP, na sua preleção destacou a dinâmica do Rio Paraíba do Sul e como o mesmo se configurou mediante à geologia local, sendo um fator importante que originou o nome do município de Volta Redonda: “Há uma dinâmica comportamental do rio a partir da geologia. A curva do rio, está ligada à geologia uma vez que as falhas e microfalhas existentes condicionaram a direção do Paraíba do Sul. Destaco, a Pedreira da Voldac, (objeto de estudo da minha conclusão de curso) por estar inserida nesse contexto, onde a sua localização está numa borda de falha que serve de anteparo para o Rio Paraíba do Sul, fazendo com que a curva final da “volta redonda” que o rio faz chegasse a quase 90°, mostrando que a geodiversidade vai além dos elementos Geológicos presentes ali, mas sim tem um valor cultural associado, visto a  relação dessa curva com o nome da cidade. Tudo isto é muito importante trazer para o conhecimento das pessoas e incorporar tais espaços em suas vidas”. Explicou o geólogo.

PRÓXIMOS PASSOS

A professora Renata informou que os estudantes a partir da atividade, farão algumas entrevistas de campo e para concluir seus relatórios. “O próximo passo é dar seguimento com as entrevistas, inclusive com outros alunos do MEP, e assim fechar os relatórios e em junho realizarmos um seminário aberto a todos.  Comentou Renata.

Participaram também da atividade o Prof. José Arimathéia do IFRJ-Pinheiral) e Edson Moreira, estudante de geografia da Estácio.

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