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Escutar é cuidar: A importância da atenção ao sofrimento de jovens e adolescentes

Por Carol Macedo
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Ontem, dia 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, uma data fundamental para conscientizar sobre a importância da saúde mental, especialmente entre jovens e adolescentes. Esta fase da vida é caracterizada por mudanças intensas, tanto físicas quanto emocionais, o que pode aumentar a vulnerabilidade para problemas de saúde mental. O aumento das pressões acadêmicas, as questões relacionadas à identidade, a exposição às redes sociais e o isolamento social são fatores que podem contribuir para o surgimento de quadros como ansiedade, depressão e, em casos graves, pensamentos suicidas.

Cuidar da saúde mental dos jovens envolve criar ambientes de apoio, onde eles se sintam seguros para compartilhar seus sentimentos sem medo de julgamento.

Pais, professores e profissionais de saúde precisam estar atentos a sinais de sofrimento, como alterações no comportamento, isolamento, queda no desempenho escolar e mudanças abruptas de humor.

A escuta ativa e o acolhimento são fundamentais nesse processo.

Além disso, intervenções precoces podem ser decisivas oferecendo acesso a recursos como psicoterapia, grupos de apoio e atividades de autocuidado são formas de prevenir o agravamento de problemas mentais. Outro ponto importante é promover o diálogo sobre saúde mental desde cedo, desmistificando tabus e ajudando a criar uma cultura de cuidado e prevenção.

Como as famílias podem ajudar? Primeiro, mostrando disponibilidade. Muitas vezes, um jovem só precisa de alguém que esteja presente de verdade


Evite a tentação de dar conselhos imediatos ou de resolver o problema por ele. Às vezes, a solução não está nas palavras, mas no simples ato de ser ouvido. Estabeleça momentos de conversa sem pressões e sem interrupções, deixando claro que você está ali para ouvir e ajudar no que for necessário.

Além disso, não ignore os sinais de que algo pode não estar bem. Muitas vezes, o pedido de ajuda não vem de forma direta, mas se reflete nas atitudes e no comportamento.

Por fim, a data reforça que o suicídio é evitável, e que o cuidado e a atenção à saúde mental devem ser prioridades, especialmente entre aqueles que estão em uma fase da vida tão desafiadora quanto a adolescência. O setembro Amarelo lembra a importância de se falar sobre o tema, ampliar o acesso à ajuda e construir redes de apoio.

Vamos Juntos!!

Marcele Campos – Psicóloga Especialista em Neuropsicologia (Avaliação e Reabilitação) e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento Intelectual e Linguagem. Trabalha há mais de 28 anos com crianças e adolescentes. Proprietária da Clínica Neurodesenvolver –

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