Equipe do DRM, do Rio, é enviada ao Estado de Alagoas para ajudar no caso Brasken

Por Carol Macedo

ESTADO/ALAGOAS

Até sábado, 9, a equipe do Departamento de Recursos Minerais (DRM), por meio do seu Núcleo de Análise e Diagnósticos de Escorregamentos (Nade), estará no município de Maceió, Alagoas, após determinação do governador Cláudio Castro para ajudar nas ações de gestão de desastre da Defesa Civil. Foi decretada situação de emergência na semana passada, por risco iminente de colapso de uma mina da petroquímica Brasken na Lagoa Mundaú, no bairro Mutange. Já aconteceram abalos sísmicos na área no mês de novembro e a possibilidade é que crateras possam ser formada na região que é habitada pela população. O presidente do DRM do Estado é Luiz Magalhães, de Barra Mansa.

Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, Magalhães, apontou que chegaram no domingo em Maceió. A equipe que acompanha o presidente é composta por quatro geólogos que se reuniram nesta segunda-feira, no prédio do Instituto de Meio Ambiente, com representantes técnicos do Governo do Estado de Alagoas para conhecer os dados e também sobre a condição geológica já identificada nas minas de sal gema exploradas pela empresa Brasken. A equipe sobrevoou ainda a área e o presidente do DRM se reuniu com o governador Paulo Dantas.

Governador de Alagoas e o presidente do DRM, Magalhães – Foto: Divulgação

“Estamos aqui para uma ajuda a cidade de Maceió. Tivemos essa primeira reunião técnica e teremos reuniões todos os dias. A situação é complicada, mas parece que deu uma estabilizada a questão do solo. Vamos trabalhar em conjunto com a Defesa Civil. O DRM cuidou da situação de Petrópolis, Angra dos Reis, Mangaratiba, Paraty e a situação grave que ocorreu em Barra Mansa. O DRM faz laudo geológicos que permitem aos agentes a tomarem diretrizes para decisões”, disse Magalhães, completando que no Estado de Alagoas não há um órgão como o DRM, por isso o governador os enviou. O Rio é o único estado a estar auxiliando Maceió até o momento.

Foto: Divulgação Thiago Sampaio

BAIRRO MUTANGE

Registros da Defesa Civil de Maceió indicam que o ritmo de afundamento da mina de extração de sal-gema número 18, no bairro Mutange, caiu pela metade. Os dados foram divulgados no início da noite deste domingo (3) mostram que a movimentação do solo diminuiu para 0,3 centímetros por hora. Pela manhã, esse número era de 0,7cm. Nas últimas 24 horas, o afundamento foi de 7,4 cm. Desde terça-feira, dia 28 de outubro, a mina 18 acumula 1,69 metros de afundamento.

Não houve registro de novos abalos sísmicos na mina número 18. No sábado e na sexta dois tremores foram detectados, o primeiro de magnitude 0,39 e o segundo de 0,89. Os dois a 300 metros de profundidade. A orientação da Defesa Civil ainda é que a população não transite na área desocupada na capital.

Desde 2019, quase 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas pelo medo dos tremores de terra que criaram rachaduras nos imóveis da região. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a exploração de 35 minas de sal-gema pela Braskem foi a responsável por deixar milhares de pessoas desabrigadas e transformar bairros antes movimentados e populosos em lugares praticamente desertos.

Segundo a Defesa Civil, a área da mina número 18 ameaça desabar a qualquer momento, com potencial de criar na área uma cratera maior que o estádio do Maracanã.

A Braskem informou que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas também é possível que o solo se estabilize e pare de afundar.

 

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