BARRA MANSA
Com a promessa de grandes descontos no setor de varejo, a Black Friday, também conhecida como a sexta-feira negra, nesse ano acontece no dia 24 de novembro. E faltando um mês para a data, a economista Paloma de Lavor Lopes, em entrevista ao A Voz da Cidade, orienta aos consumidores para que antecipem a pesquisa de preços dos produtos que pretendem comprar. Isso, segundo ela, contribui para que tenham a certeza de que estão garantindo o percentual de descontos anunciados pelos estabelecimentos comerciais nos dias que antecedem e durante a Black Friday.
“Uma dica crucial para aproveitar a Black Friday é saber de antemão o preço dos produtos hoje para ver se estarão efetivamente mais baixos lá na frente. Muitas lojas físicas fazem uma grande redução dos preços, mas o consumidor precisa ter uma base do preço antes para evitar promessas de descontos fraudulentas. O ideal é que essa pesquisa seja feita tanto nas lojas físicas quanto virtuais”, alertou a economista.
De acordo com ela, quando se trata de lojas virtuais, além de monitorar os preços antecipadamente, o consumidor deve redobrar a atenção e verificar se a loja existe realmente. “Na Black Friday as redes sociais e outras mídias são bombardeadas com anúncios de promoções imperdíveis. É importante ter cuidado e atenção com os sites que você acessa ou os aplicativos que baixa”, alertou a economista, ao indicar utilizar os buscadores e os marketplaces como ferramentas para esse tipo de pesquisas.
Uso excessivo do cartão
Além de alertar sobre a importância da pesquisa de preços, a economista também recomenda aos consumidores para que tenham cuidado com o uso excessivo do cartão de crédito, principalmente por se levar em consideração que os juros estão altos no caso do parcelamento rotativo. Segundo ela, ainda que haja descontos “tentadores”, o consumidor deve ter consciência e analisar se está mesmo necessitando daquele bem ou produto.
“O cartão de crédito facilita a vida dos consumidores, mas é preciso ficar atento para que não façam inúmeras parcelas e fiquem endividados. É sempre bom lembrar que após a Black Friday vem as festas de fim de ano, que já comprometem bastante a renda das famílias”, pontuo a economista. Questionada sobre o fato de muitos consumidores optarem por compras através da internet, Paloma ressaltou que essa é uma tendência que veio para ficar. Prova disso é que itens de baixo valor agregado têm sido adquiridos com frequência, ao longo do ano, em sites e em aplicativos de vendas famosos. “A tendência vai ser cada vez mais as pessoas comprarem pela internet, mas acredito que no dia 24 de novembro, assim como em outros anos, a Black Friday vai aquecer bastante as lojas físicas, bem como o setor de prestação de serviços”, concluiu a economista.
Pesquisa de preços não pode ser na semana da ‘Black’, diz Procon
De acordo com o gerente do Procon de Barra Mansa, Felipe Fonseca, com base em edições anteriores, o monitoramento de preços para a Black Friday deve ter início semanas antes da campanha, para que o consumidor não caia em golpes. Pesquisar o valor do produto que pretende adquirir, próximo á data, segundo ele, não é o ideal. “A gente sabe que é muito comum, principalmente no comércio de eletrônicos, as lojas anunciarem o preço de um produto lá em cima, na semana da Black Friday, e no dia colocar o preço normal como se já estivesse com desconto. Essa é uma prática ilegal e que pode ser denunciada ao Procon”, ressalta o gerente.
Grávida de sete meses, com a previsão de dar à luz em dezembro, a comerciária Amanda dos Santos, de 25 anos, está ansiosa para a chegada de mais uma edição da Black Friday. O objetivo é aproveitar os descontos para compras de fraldas, além de outros itens para o enxoval da sua filha. “Eu e meu esposo fizemos um chá rifa e todo valor arrecadado vamos aproveitar para comprar com os descontos da Black Friday. Já tem alguns dias que estamos pesquisando os preços e as marcas e a nossa expectativa é conseguir preços melhores”, disse Amanda.
