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Diretor diz que Hospital São João Batista, em Volta Redonda, não obriga ninguém fazer parto normal

Por Andre
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Surpreendido com informações de que em algumas redes sociais pessoas estavam criticando e acusando o Hospital São João Batista (HSJB) de obrigarem as gestantes fazerem o parto normal e, por isso estar registrando mortes de bebês, o diretor médico da unidade, José Geraldo de Castro Barros, convocou um coletiva com a imprensa na noite de ontem.

Além das acusações nas redes sociais, um caso específico levou José Geraldo a se reunir com jornalistas. Foi o registro que a artesã Nilza Andreia Duarte, de 39 anos, fez na 93ª Delegacia de Polícia (DP) por suspeitar que a morte da neta dela, recém-nascida, ocorreu por negligência e erro médico na unidade hospitalar.

Durante a coletiva, o diretor médico garantiu que o hospital, que é referência na Região do Médio Paraíba, não obriga ninguém a fazer parto normal e que segue apenas as indicações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), mas respeitando a situação pré-natal de cada gestante.

No caso da filha da artesã, de 17 anos, o diretor explicou que para esse caso, foi criada uma comissão e aberta sindicância que está levantando todos os dados. Todos os envolvidos serão ouvidos e em seguida o relatório será avaliado e concluir se ouve alguma situação que poderia ter feito de outra forma.


“Estamos todos tristes, pois o nosso objetivo não é matar bebezinhos. Para se ter uma ideia, não podemos punir ninguém antes de uma apuração rigorosa, mas por bem a médica citada no caso da mãe adolescente foi retirada desse plantão e colocada em outro, sob a minha supervisão, até que o caso seja esclarecido”, contou a coordenadora da maternidade do HSJB, a ginecologista e obstetra, Kátia dos Santos, que também participou da coletiva.

O diretor médico fez questão de lembrar que, em 2016, dos 2075 partos realizados na unidade, 1.086 foram cesarianas e 999 partos normais. Desse total foram registrados 32 óbitos fetais, ou seja, óbitos antes do parto.  Segundo ele, uma taxa de 1,5%, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. Em relação ao ano de 2017, o hospital fez 2.028 partos, sendo 1054 normais e 974 cesarianas. “Foi uma inversão do ano interior. Prova que o hospital não obriga ninguém a fazer parto normal. Não inventa parto normal”, reafirmou o diretor, lembrando que no mesmo ano ocorreram 29 óbitos. Já nos dois primeiros meses deste ano, 341 partos foram realizados. Desse total, 62% normais e 62% cesariana.

No final da coletiva, a artesã, que estava do lado de fora da unidade hospitalar, falou com os jornalistas. Ela relatou tudo que havia registrado na 93ª DP ao A VOZ DA CIDADE, que publicou sua versão na edição de ontem. Disse que a filha dela passou três dias na unidade hospitalar com o feto vivo e que a morte do bebê, uma menina, ocorreu no dia 25 do mês passado.

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