VOLTA REDONDA
Fundado em 1997, o Movimento Pela Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR) chega próximo de completar três décadas de existência reafirmando sua trajetória na defesa da democracia, da ética na vida pública e da educação popular. Ao analisar o contexto atual e traçar perspectivas para 2026, as diferentes instâncias diretivas, sociopolítica, socioeducacional, socioambiental, ético-racial e sociojuvenil, convergem na avaliação de que o próximo período exigirá ainda mais organização, articulação institucional e compromisso social.
Com atuação contínua desde 2004, a professora Abigail Ribeiro, coordenadora da área de Linguagens, avalia que o momento vivido pelo Movimento combina avanços concretos e aumento de responsabilidades. Entre os destaques recentes estão a participação do MEP em reuniões nacionais, em Brasília, e a implantação de um novo núcleo do Pré-Vestibular Cidadão (PVC), no bairro Califórnia. Segundo ela, esses passos fortalecem o alcance do Movimento, mas também demandam maior estrutura interna e institucional. Em um ano marcado por eleições gerais, Abigail chama atenção para a importância do papel do MEP diante da intensificação da polarização política.
Na área educacional, o coordenador de Exatas, Paulo Ricardo Ramos, militante do Movimento desde 2004, aponta como desafios centrais o enfrentamento da desinformação e das fake news, além da permanência dos estudantes no PVC até a realização do Enem. Para ele, o investimento em estratégias pedagógicas e de acompanhamento é fundamental, já que ‘a educação muda vidas’ e permanece como eixo estruturante de transformação social.
JUVENTUDE E EXPANSÃO
A avaliação interna também indica que 2025 foi um ano de fortalecimento organizativo. Para Pedro Paulo Bichara, integrante do MEP há oito anos e coordenador das áreas socioambiental e socioeducacional, houve ampliação de acessos, articulações e contatos institucionais. Ele projeta para 2026 dois objetivos prioritários: a implantação de um novo polo de atuação e a formalização do CNPJ, etapa considerada estratégica para consolidar o Movimento.
A juventude organizada no MEP também assume papel central nesse processo. Aos 20 anos, Matheus Mattos, coordenador da JUVMEP, destaca como focos principais o novo polo do PVC e o CPOP, iniciativa que vem se consolidando como ferramenta de engajamento de estudantes do Movimento e de outros pré-vestibulares populares. Para ele, ampliar a participação de voluntários será decisivo para garantir a continuidade e a expansão dos projetos voltados à juventude.
Integrante da equipe Étnico-Racial desde 2004, Marcele Lopes avalia que, ao completar 29 anos, o MEP se afirma como uma organização madura e socialmente necessária. Segundo ela, o principal desafio está em fortalecer a formação crítica e o engajamento juvenil, especialmente por meio do acesso ao Ensino Superior, preservando a autonomia ética e política que marca a história do Movimento.
Na mesma direção, a professora de Física Elienai Pereira, coordenadora da área e integrante do MEP há seis anos, destaca o fortalecimento interno como elemento essencial para o próximo ciclo. Ela ressalta a relevância do PVC como instrumento de democratização do acesso à universidade, de estímulo ao engajamento social e de construção da consciência crítica. No campo político, Elienai aponta a necessidade de atuação firme em um cenário de crescimento do conservadorismo, defendendo clareza de posicionamento e coerência diante das demandas e lutas regionais.
Presente desde a fundação, em 1997, José Maria da Silva, conhecido como Zezinho, destaca a capacidade de renovação do Movimento ao longo do tempo, sem abrir mão de seus princípios originais. Em tom de agradecimento, ele faz memória aos companheiros que já faleceram e reconhece o apoio da sociedade civil e da imprensa local, que deram visibilidade ao MEP desde seus primeiros anos. Para ele, o momento é de seguir adiante com firmeza, consolidando a caminhada rumo aos 30 anos de história.
Foto- Divulgação
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