SUL FLUMINENSE
O Dia Mundial da Saúde Mental, é comemorado neste sábado,10, e com a pandemia do Covid-19, a data serve de alerta para a importância do cuidado com o emocional durante o período de quarentena. Esse ano, o objetivo é explicar como melhorar a saúde mental e a importância de investimento em recursos, para que todas as pessoas que precisem de atenção à saúde mental de qualidade tenham acesso a estes serviços.
Para a campanha deste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), espera um aumento nos investimentos em favor da saúde mental nos próximos meses e anos. Com programas nacionais e internacionais de saúde mental para as necessidades do apoio psicossocial e da saúde mental, que há anos não recebem recursos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental vai além da ausência de doenças psicossomáticas, se caracterizando por um bem-estar em que o indivíduo reconhece suas capacidades e limitações e consegue perceber o seu papel social, tornando-se agente de sua própria história.
A psicóloga, Valdeia Nonato, alertou para a importância de usar o dia, para refletir sobre o respeito e o valor do equilíbrio emocional. “Quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolhe um dia para essas reflexões, ganhamos a oportunidade de repensarmos, conversarmos e esclarecermos conceitos do tema. É preciso que as pessoas, valorizem os sentimentos e julguem menos. Se alguém está em sofrimento, não se deve perguntar o motivo e classificÁ-lo como importantes ou não. A data, traz reflexões sobre o respeito e o valor, além da maneira delicada na qual devemos falar sobre o assunto”, disse.
De acordo com a psicóloga, mesmo com o atual senário, as precauções com a saúde mental devem ser diárias, além, do período de pandemia poder gerar um forte impacto nas pessoas que já possuem o emocional fragilizado. “Estarmos atentos a nossa saúde mental deveria ser uma preocupação diária. No cenário atual, com a pandemia e suas consequências, vivemos novas experiências, preocupações e problemas que as pessoas não tinham antes, o que para muitos, se tornam obsessivos. Além disso, aprimora a fragilidade mental de quem já sofre com a dificuldade do equilíbrio emocional”, disse, acrescentando a importância da reflexão durante o período de isolamento.
DEPRESSÃO NÃO É FRESCURA
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica, recorrente, e que ainda é minimizada. Segundo a OMS, o Brasil é o segundo com maior número de depressivos nas Américas, com 5,8% da população, ficando atrás somente dos Estados Unidos, com 5,9% de depressivos. Valdeia, afirma que a doença, precisa de um acompanhamento médico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado para uma vida saudável. “A depressão é uma doença que ainda sofre muitas críticas. Muitos ainda se envergonham, quando na verdade, precisa ser tratada e se tratada, o paciente pode ter uma vida saudável”, disse.
CELEBRAÇÃO
Para a celebração do dia, a OMS trará como tema, o foco na necessidade urgente de abordar o subfinanciamento crônico do mundo em saúde mental, problema colocado em destaque durante a pandemia de COVID-19. Líderes mundiais, celebridades reconhecidas internacionalmente e defensores da saúde mental se reunirão para o grande evento, que é gratuito e aberto ao público, será transmitido no dia 10, das 11 às 16 horas no horário de nos canais da OMS no Facebook, Twitter, LinkedIn, YouTube e TikTok.
O evento será conduzido pela premiada jornalista Femi Oke, que apresentará uma lista emocionante de apresentações e conversas com celebridades e ativistas sobre suas motivações para defender um maior investimento em saúde mental.