ANGRA DOS REIS
Depois de muitos anos parado, o relógio do alto do Convento São Bernardino de Sena voltou a funcionar e marcar a hora para toda a cidade com suas badaladas. A Prefeitura Municipal de Angra dos Reis, por meio da Secretaria de Cultura e Patrimônio, realizou o restauro do equipamento, que foi executada pelo relojoeiro Tob dos Reis Brasil, que já havia realizado um trabalho anterior, sendo um grande conhecedor do aparelho. O relógio passou por revisão geral com troca de peças, manutenção de peças originais, troca de cordas, roldanas e limpeza.
“Quando eu comecei o trabalho de restauração fiquei realmente preocupado pois o relógio estava muito deteriorado, com muita ferrugem e arreia, mas aceitei como um desafio essa restauração. Comecei em março e agora estou muito feliz com esse trabalho concluído e com o relógio funcionando como era antigamente”, explicou o relojoeiro.
O relógio alemão foi instalado no Convento São Bernardino de Sena em 1763 e está presente na cultura Angrense. No período colonial e imperial, a população em geral não possuía relógios em suas casas, sendo um artigo de luxo. Logo, além da função litúrgica do convento, a função social também foi importante para várias gerações de moradores.
A recuperação do equipamento também permitirá aos mais novos vivenciar o passado, por meio do som guardado na memória afetiva dos mais velhos. “Esse é um momento muito importante para a cultura da cidade. Ter esse relógio em pleno funcionamento é motivo de muita alegria e quero parabenizar a secretaria de cultura que topou esse desafio e levou à frente esse projeto de restauração”, comentou o prefeito, Fernando Jordão, que acompanhou de perto o momento em que o relógio voltou a funcionar na terça-feira, dia 22.
O aparelho funcionou de 1763 até o ano de 1923, retornando ao funcionamento em 1943, passando por várias intervenções para a recuperação. O Secretário de Cultura e Patrimônio, Andrei Lara, reforçou o valor cultural do relógio do convento para a população. “Essa foi uma tarde de muita alegria. Ele representa muito e traz uma memória afetiva para todos os Angrenses, que agora voltaram a escutar suas badaladas”, comemorou o secretário de Cultura e Patrimonial.