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Dados da Firjan apontam prejuízo de R$ 77 milhões para indústrias

Por Franciele Aleixo
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SUL FLUMINENSE

Setenta e sete bilhões. Esse é o volume de perda do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria no estado do Rio, por conta da paralisação dos caminhoneiros.

Esse é um levantamento do Sistema Firjan. O cálculo estima o prejuízo para a indústria de transformação nos primeiros cinco dias de greve. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, em coletiva de imprensa, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

A Federação ouviu ainda 318 indústrias, que empregam mais de 38 mil trabalhadores, para medir o impacto da paralisação no setor produtivo no estado. Nove em cada dez empresas foram afetadas pela greve, com a produção reduzida ou interrompida em quase 60% das indústrias.

Segundo o vice-presidente da Firjan, Sérgio Duarte, os setores Minerais Não Metálicos e Moda foram os mais prejudicados, seguidos por Alimentos e Bebidas e Metal Mecânico, sendo atraso ou falta de insumos e dificuldade para distribuição das mercadorias os principais problemas.  “Há uma grande preocupação de como as empresas, especialmente as pequenas e médias – que são maioria no estado, vão fazer para arcar com seus pagamentos, inclusive de funcionários, com a aproximação do dia 1° de junho”, diz o vice-presidente.


O fato é ressaltado pelo vice-presidente executivo da Federação, Ricardo Maia. “É um prejuízo muito grande, que não tem mais volta, em um momento de crise econômica, em que as empresas já operam com pouco caixa”, complementa.

A proposta do governo que prevê a reoneração da folha de pagamento para alguns setores da economia só vai agravar o problema, de acordo com o economista-chefe da Firjan, Guilherme Mercês. “A reoneração só vai trocar a carga tributária de um setor produtivo para o outro, levando aumento de impostos de forma permanente para 46 atividades da indústria, o que representa ameaçar 400 mil empregos diretos”, alerta Mercês.

Guilherme Mercês afirma ainda que a paralisação dos caminhoneiros reflete a insatisfação com o peso da carga tributária no país. Os impostos pagos no Brasil representam 32% do PIB, alcançando o mesmo patamar de países desenvolvidos, embora o índice de retorno em serviços para o bem-estar da sociedade brasileira seja o mais baixo entre os países da América Latina. A indústria é o setor mais tributado da economia, pagando quase a metade do que produz em impostos. “O que o Brasil precisa é que os impostos já arrecadados atualmente sejam empregados de forma eficiente”, defende Mercês.

A Firjan fez também um levantamento sobre o custo dos combustíveis no país, constatando que o estado do Rio está entre os estados menos competitivos. O óleo diesel no Rio é o 7º mais caro do país, resultado do ICMS de 16%, o maior entre os estados do Sul e Sudeste. A gasolina comum tem o 2º custo mais alto do país, 14,7% acima de São Paulo. O estado do Rio tem a maior alíquota de ICMS para gasolina do país (34%), quase 10% maior do que a média nacional.

 

 

 

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