VOLTA REDONDA
Neste domingo, dia 9, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) completa 82 anos de existência. A CSN atua com destaque em cinco setores: siderurgia, mineração, logística, cimento e energia. No ano deste aniversário três grandes notícias para a empresa e toda a região Sul do Estado do Rio de Janeiro: reforma do Alto Forno 2, início do cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ambiental e a geração de empregos através da implementação da Lei do Aço.
Informações obtidas pelo A VOZ DA CIDADE apontam que diversas toneladas de refratários importados que serão usados na reforma do Alto Forno 2, já estão no interior da CSN. A reforma pode acontecer ainda neste primeiro semestre e, com ela, o aumento da vida útil do equipamento e maior segurança para empresa e funcionários. Além do mais, a possibilidade do aumento da produção da siderúrgica. O Alto-Forno 2 é responsável por aproximadamente 30% da capacidade de produção de ferro gusa da siderúrgica.
Outra boa notícia é que nos próximos dias deve chegar na CSN o equipamento de filtragem da partícula, um dos que serão instalados para o início do cumprimento do TAC assinado pela CSN e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em 2018. No dia 23 de janeiro deste ano a empresa confirmou ao A VOZ DA CIDADE que já tinha feito a aquisição dos equipamentos que servirão para aprimorar o controle de emissões atmosféricas nas sinterizações.
Esses equipamentos são os mais caros do Plano de Ação proposto pelo Inea, que envolve investimentos no valor de R$ 303 milhões em adequações por parte da Usina. O TAC tem o objetivo de refletir na melhora da qualidade de vida dos moradores da região do Sul Fluminense.
A CSN tem até 2024 para colocar em prática todos os itens do acordo que tem 35 ações.
LEI DO AÇO
Sancionada pelo governador Cláudio Castro em 2020, a Lei do Aço está em vigor. Ficou dois anos paralisada na Justiça e em dezembro do ano passado a Procuradoria Geral do Estado (PGE) venceu, por unanimidade, a ação de inconstitucionalidade movida pelo Ministério Público.
A medida é um regime diferenciado de tributação para as indústrias do setor metalmecânico instaladas no Estado do Rio de Janeiro. A Lei prevê a redução da carga tributária de ICMS de 19% para 3% que será concedida a empresas da cadeia do aço, dando igualdade de condições com outros estados, como Minas Gerais e São Paulo. Terão direito ao novo regime tributário tanto as empresas que já operam no Estado do Rio quanto as que vierem a se instalar.
A expectativa é que sejam gerados cerca de dois mil empregos em Volta Redonda devido a lei. Duas reuniões já aconteceram com a direção da CSN e representantes do Cinturão do Aço. Ao todo 25 empresas estão em fase de negociação para se instalarem em Volta Redonda. Uma já operará na cidade e está em fase de terraplanagem em um terreno de sete mil metros quadrados na Rodovia dos Metalúrgicos, o Grupo Trelicamp. A previsão é lançar de 50 a 100 empregos na fase inicial de funcionamento. A fábrica vai produzir e comercializar aços tipo ca60, ca50 e beneficiamento de bobinas laminadas da CSN.
HISTÓRICO DA CSN
Atualmente, entre seus ativos, a empresa conta com uma usina siderúrgica integrada; cinco unidades industriais, sendo duas delas no exterior; minas de minério de ferro, calcário, dolomita e estanho; uma forte distribuidora de aços planos; terminais portuários; participações em ferrovias; e participação em quatro usinas hidrelétricas.
O grupo está presente em 17 Estados brasileiros e também atua em dois outros países – Alemanha e Portugal. Suas ações estão listadas nas Bolsas de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) e de Nova York (NYSE).
