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Correios ajuíza o dissídio coletivo de greve

Por Idel Pinheiro
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SUL FLUMINENSE

Os Correios confirmaram no início da tarde desta terça-feira, dia 25, ter ajuizado o Dissídio Coletivo de Greve no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A entidade informou que estão mantidos os vencimentos de todos os empregados, assim como benefícios como o auxílio-creche e os tíquetes refeição e alimentação. Os ecetistas estão em greve desde o dia 18 e reivindicavam a manutenção de direitos consolidados pela Convenção Coletiva de Trabalho formalizada em 2019, com validade até 2021. Com a medida, caberá ao TST definir o impasse entre a estatal e os funcionários.

Segundo a estatal, o ajuizamento do dissídio ocorre mesmo sem haver acordo entre as entidades representativas do Correios. “Tendo em vista não haver acordo com as entidades representativas, mesmo os Correios tendo se colocado à disposição para negociar o Acordo Coletivo de Trabalho 2020/2021, e que foi decretada paralisação parcial, a empresa ajuizou, nesta terça-feira (25), o Dissídio Coletivo de Greve no Tribunal Superior do Trabalho. Desde o início de julho, os Correios tentaram negociar com as entidades representativas dos empregados os termos do ACT. Dando continuidade às ações de fortalecimento de suas finanças e consequente preservação de sua sustentabilidade, a empresa apresentou uma proposta que visa a adequar os benefícios dos empregados à realidade do país e da estatal”, informa.

Os Correios ressaltam que os vencimentos de todos os empregados seguem resguardados e os trabalhadores continuam tendo acesso, por exemplo, ao benefício Auxílio-creche e aos tíquetes refeição e alimentação, em quantidades adequadas aos dias úteis no mês, de acordo com a jornada de cada trabalhador. “Estão mantidos ainda – aos empregados das áreas de Distribuição/Coleta, Tratamento e Atendimento -, os respectivos adicionais. A paralisação parcial da maior companhia de logística do Brasil, em meio à pandemia da Covid-19, traz prejuízos financeiros não só aos Correios, mas a inúmeros empreendedores brasileiros, além de afetar a imagem da instituição e de seus empregados perante a sociedade”, observa.


Por fim, os Correios informam que têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT para os empregados. “A empresa aguarda o retorno dos trabalhadores que aderiram ao movimento paredista o quanto antes, cientes de sua responsabilidade para com a população, já que agora toda a questão terá seu desfecho na justiça”, finaliza.

SINTECT AGUARDA DEFINIÇÃO

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), a paralisação tem adesão no Sul Fluminense, com o Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) de Resende, Barra Mansa, Barra do Piraí e Volta Redonda, além do Centro de Entrega de Encomenda (CEE) de Volta Redonda.

Com a informação do dissídio de greve no TST, o diretor do Sintect no Sul Fluminense, Esmeralci Silva, espera uma definição pela justiça. “É um avanço, uma vez que a empresa se recusa a negociar diretamente com os trabalhadores, mantendo a imposição de sua pauta unilateral de retirada de direitos. Esperamos que justiça seja feita, uma vez que em nenhum momento pedimos aumento, apenas que fosse respeitado o acordo bianual, que encerra em 2021”, disse.

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