SUL FLUMINENSE
Lojas cheias, promoções e muitos clientes portando bolsas de compras circulando pelas ruas. O cenário dos últimos dias que antecederam o Natal nas cidades do Sul Fluminense já indicava o que o setor do comércio varejista poderia registrar ao fim da principal data de vendas. Nesta quarta-feira, 26, a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil divulgaram o balanço das vendas de Natal em todo o país indicando a alta de 2,66%, considerado o melhor resultado desde 2014 no setor de varejo. Para os especialistas, as vendas elevadas foram reflexo do grau de confiança do consumidor na economia, gerando as compras de Natal.
Dados da CNDL e do SPC Brasil mostram que as consultas para vendas a prazo nos 21 dias anteriores ao Natal, entre os dias 4 e 24, cresceram 2,66% na comparação com o mesmo período de 2017. Este é o segundo ano consecutivo de alta. Nos últimos dois anos, as vendas a prazo no Natal tiveram o desempenho de 2,13% (2017) e -2,29% (2016). “Após um período de retração da economia, observa-se uma perspectiva positiva do cenário pós-eleições, que estimulou muitos consumidores a irem às comprarem neste Natal”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. De acordo com um levantamento da CNDL e do SPC Brasil, o gasto médio do brasileiro com o total de presentes de Natal foi estimado em R$ 115,9. A previsão era de que a data movimentasse cerca de R$ 53,5 bilhões na economia.
Em Resende, o gerente Ricardo da Silva, apostou no Natal e ressalta que foi satisfatório. “As vendas foram fundamentais para o crescimento do nosso setor. O tempo auxiliou, foram poucos dias chuvosos tirando o consumidor das ruas. Investimos treinando os contratados temporários e trazendo mercadorias novas, com preços concorrentes. Estamos elaborando o nosso fechamento, mas aposto que de forma isolada nossa loja também tenha atingido o patamar dos 5% a 10% de crescimento nas vendas, perante o ano passado”, conta.
Em Volta Redonda, a gerente Carla Maia, comentou que as vendas foram eficientes para o orçamento. “Tivemos o horário estendido, a promoção da CDL local e isso tudo, atrelado ao clima e expectativa de Natal proporcionou boas vendas. Vendemos na faixa do que projetei em novembro, o saldo ainda será definido, mas de antemão sabemos que foi elevado sim, perante 2017”, conta a empresária, que aposta no vestuário e acessório feminino.
SHOPPINGS
Se nas lojas de rua as vendas foram satisfatórias, nos centros comerciais como os shoppings o crescimento foi elevado em 5,5% no comparativo com 2017. Os dados são da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), feito entre 400 empresas que englobam 30 mil pontos de venda distribuídos em todo o país.