Clima faz preço de alimentos aumentar e deixa hortaliças mais caras

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BARRA MANSA

Mudanças climáticas não afetam somente os grandes centros com alagamentos ou tragédias como as vividas pelo Estado do Rio Grande do Sul. As lavouras também sofrem consequências, seja pelo excesso ou falta de chuva. Uma delas, é o aumento de preço para o consumidor final.

O A VOZ DA CIDADE esteve no distrito de Barra Mansa de Santa Rita de Cássia. De acordo com o produtor rural Fabricio Nogueira, na época de escassez de chuva, o problema é a irrigação. “O inverno é a melhor época para plantar verdura, colhemos mais, mas em compensação vendemos menos, já que as pessoas comem mais saladas no outono/inverno. Com a falta de chuva, temos uma represa para suprir. Mas temos que irrigar a plantação todos os dias, o que aumenta o consumo de energia, gerando um preço para o consumidor final”, avalia o agricultor, acrescentando que tudo em excesso ou falta prejudica as plantações, seja sol, chuva, ou ainda o granizo.

Ele, que comercializa acelga, couve, rúcula, cebolinha, alface, entre outras folhosas, informa que, com a falta das chuvas, faz aumentar o número de pragas na horta. “Tem que pulverizar mais vezes, o que também influencia nos preços. Ano passado, eu vendia de R$ 1,40 a R$ 1,60, agora está de R$ 1,80 a R$ 2,20, isso no atacado, para o consumidor final, no varejo, eu vendo a R$ 2,50, tem lugares que vendem a R$ 2,99”, cita, informando que não há uso de agrotóxicos em suas lavouras.

Ele ainda destaca que neste período, em comparação ao ano passado, houve o aumento de vendas. “Consegui novos clientes, mas nas feiras livres também houve o registro de aumento de vendas, as pessoas estão mais saudáveis, buscando se alimentar melhor, e as mídias sociais, ajudam muito também na divulgação dos produtos”, citou.

Segundo ele, o volume diário de vendas é de aproximadamente 1,5 mil unidades por dia. “Realizamos o plantio diário de todas as espécies. A alface, almeirão demoram em média 40 dias para colheita, já vamos fazendo rodízio, tudo isso, dentro de um programa de agricultora familiar.

Divergência nos preços

Nos corredores dos supermercados, os consumidores falam sobre o aumento. A dona de casa Elizabeth Furtado, cita que os aumentos foram considerados. “No verão realmente os preços estão mais em conta, seja no mercado ou na feira. Esfriou, os preços já sobem, mas não deixo de comprar, para amenizar o sobe e desce de preços, só compro nos dias de oferta”, conversou.

Quem também fala dos preços é o aposentado Jonivaldo Borba. “Sempre faço uma pesquisa de preço antes de comprar e notei que alguns itens tiveram um leve aumento de preço, verduras que custavam R$ 3, passaram para R$ 3,50 e por aí vai”, observou.

A gerente Maria Reis, fala sobre a sazonalidade, atualmente, as verduras tiveram um pequeno aumento. “A alface-crespa, por exemplo, era vendida por R$ 2,75, hoje está R$ 3,45; a unidade da salsinha é R$ 2,99 e já vendemos por R$ 1,50. Com as temperaturas frias, cai a procura e aumenta o preço dos produtos para a salada. Já a procura para aquelas folhosas que combinam com caldos, que são típicos da época, aumentam. A sugestão para o cliente é buscar produtos da estação”, avaliou.

BOA OPÇÃO É A FEIRA LIVRE

Na feira livre o preço é mais acessível. É o que diz a aposentada Ângela Silva. “A diferença do mercado para a feira é grande. Aqui, são duas unidades de qualquer verdura por R$ 5. E se vier no final da feira, consegue ainda mais promoções”, citou.

Outro aposentado, Edmilson Diniz, também é frequentador assíduo da feira livre. “Moro aqui perto, costumo fazer a compra da semana toda na quarta-feira, tanto para verduras, quando para legumes e outros produtos. É tudo mais fresco e mais barato. Sempre tem promoção de verduras, então, dá para economizar alguma coisa”, confirmou.

A feirante Cléia de Oliveira comercializa diversas verduras como couve, alface, almeirão, espinafre, mostarda, cebolinha, salsinha. Ela destaca que, inclusive, esse mês, as hortaliças diminuíram de preços. “Estamos fazendo três unidades por R$ 5. Nesta época do ano, são produzidas mais verduras e elas estão mais bonitas. Tem uma certa queda nos produtos usados nas saladas de verão, mas em compensação, aqueles que acompanham os caldos, aumentam as vendas”, analisou.

 

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