Agência da ONU confirmou a morte de um menor de idade e 17 pacientes precisaram receber transplante de fígado; origem ainda é desconhecida e existe hipótese da hepatite ser causada por adenovírus; casos foram confirmados em cerca de 170 crianças de 11 países europeus
NOVA IORQUE/EUROPA
Cerca de 170 crianças de 11 países da Europa já foram diagnosticadas com hepatite aguda, sendo que uma delas morreu e 17 precisaram receber transplante de fígado. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A agência revela que a origem dos casos ainda é desconhecida, porém continuam as investigações para se descobrir o agente causador da doença, sendo que “o adenovírus é uma hipótese possível”, disse os interlocutores da OMS
Reino Unido, Espanha, Itália
A maioria dos casos, 114, foi reportada pelo Reino Unido, com crianças infectadas também na Espanha, Israel, Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Itália, Noruega, França, Romênia e Bélgica. Do outro lado do Atlântico, foram confirmados nove casos nos Estados Unidos.
Segundo a OMS, os pacientes diagnosticados com hepatite aguda têm entre um mês e 16 anos de idade. Em vários casos, foram registrados também sintomas gastroentestinais, como dor abdominal, diarreia e vômito, icterícia e níveis elevados das enzimas do fígado, sendo que a maioria dos pacientes não apresentou febre.
A agência da ONU explica ainda que os vírus que causam hepatites dos tipos A, B, C, D e E não foram diagnosticados em nenhuma das crianças. Viagens internacionais ou ligações com outros países também não foram identificados ainda como fatores de surgimento dos casos.
Adenovírus e Coronavírus
O adenovírus foi identificado em 74 pacientes e o SARS-CoV-2 em 20 casos, sendo que 19 crianças apresentaram uma combinação dos dois vírus. A OMS explica ainda que o Reino Unido tem observado um aumento significativo de infecções por adenovírus.
Mas segundo a agência, com a melhoria dos testes laboratoriais para adenovírus, isso pode significar a identificação de uma condição rara ocorrendo em níveis que antes não eram detectados, mas que agora estão sendo reconhecidos devido ao aumento da testagem.
A OMS continua apoiando os países na investigação, que inclui testes de toxicologia, ambientais, virológicos e microbiológicos, sendo que as nações afetadas iniciaram também aumento das atividades de vigilância.
* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe