Casal que se conheceu em frente à Igreja Santo Antônio completou 50 anos de união

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VOLTA REDONDA
Os aposentados Antonio Faria, Rodrigues da Costa, de 84 anos, e Maria Luiza Batista da Costa, de 75, residentes no bairro Niterói, garantem que amor à primeira vista existe e podem provar. Ela, natural de Vitória (ES), e ele, de Portugal, se encontraram quando jovens, na cidade do Aço durante uma simples passagem em frente à Igreja de Santo Antônio, padroeiro de Volta Redonda. A história deles já dura 58 anos, sendo 50 de casados.
Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, às vésperas do Dia dos Namorados, hoje, e também do dia do padroeiro da cidade, Santo Antônio, lembrado nesta quinta-feira, 13, Maria Luiza contou que ela e o marido vivem uma história de encontro de almas que resultou em bodas de ouro. Segundo Maria Luiza, depois do primeiro encontro eles namoraram durante oito anos, ficaram noivos e se casaram. Os aposentados têm um casal de filhos e quatro netos, de 21 anos, 18, 16 e 14. “Somos uma família feliz e abençoada”, declarou a aposentada, lembrando que até o nome do filho tem a ver com Santo Antônio, mesmo sem ela saber. Disse que deu nome do filho de Fernando Antônio por causa do marido, mas não imaginava que Fernando era o nome de Santo Antônio. “Uma amiga me presenteou com um livro que contava a história do nome do santo. Só aí fiquei sabendo. Para ver como Santo Antônio não só faz parte da minha história de amor, mas da minha vida”, completou.
COMO SE CONHECERAM
Maria informou que tudo começou quando certo dia ela, juntamente com a vizinha de sua irmã seguia a pé pelo bairro Niterói, de mãos dadas com uma sobrinha, quando ao passar em frente à Igreja Santo Antonio se deparou com um jovem de bicicleta. “O jovem daquele dia e hoje meu esposo, nos cumprimentou e procurou conversa. Enquanto a vizinha da minha irmã, com quem eu morava na época, seguiu em frente, eu fui conversando com ele. Fez várias perguntas, inclusive se eu tinha namorado. Ele foi até em frente à casa da minha irmã e quando foi embora perguntou se poderia retornar para me ver. E assim nasceu um grande amor, que dura até hoje”, contou a aposentada, lembrando que o jovem começou a frequentar sua casa depois da aprovação do cunhado dela, já que como seus pais residiam em Vitória e ela com a irmã, em Volta Redonda.
Maria Luiza lembrou ainda, que no primeiro encontro, na maioria das vezes não entendia o que ele perguntava a ela, pois seu sotaque ainda era muito forte, pois estava há pouco tempo no Brasil. “Foi muita coincidência mesmo. Tinha que ser o nosso encontro. Morávamos no mesmo bairro, no Aterrado, e nunca havíamos nos encontrado. Fomos nos encontrar em frente à igreja do santo de minha devoção. A partir daí, passei a ser muito mais devota de Santo Antônio”, disse Maria Luiza.
Oito anos depois do primeiro encontro do casal, ainda de acordo com a aposentada, seu então namorado foi até Vitória para conhecer os pais dela, ficar noivo e marcar a data do casamento. A data escolhida pelos noivos foi 20 de outubro de 1973, na Igreja Santa Terezinha, em Vitória. Em relação aos sogros, Maria Luiza informou que sempre teve contatos com eles e sempre viaja para Portugal. “Devido à Covid, ficamos mais tempo sem viajar, mas em fevereiro retornamos, onde permanecemos três meses”, contou.
Para o casal, o casamento para dar certo não existe milagre, mas tem que ter mais conversa e companheirismo para se entender. “Nunca brigamos e sempre nos entendemos. Temos que dar exemplo para os filhos e netos. E onde tem briga, não há respeito. Hoje, como ficamos mais juntos, às vezes nos desentendemos mais, mas resolvemos com conversa”, concluiu a aposentada.

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