BARRA MANSA
Em passagem pela região Sul Fluminense, a deputada federal pelo PSOL, Talíria Petrone, hoje, dia 12, visitou a sede do jornal A VOZ DA CIDADE onde pode fazer um balanço de seu mandato e adiantar planos para o futuro.
Professora de História, ela se filiou ao Psol sem pretensões de candidatura, queria apenas ajudar a organizar a sociedade. “Sou professora, me filiei apenas com o intuito de organização, de fazer algo pela sociedade. Meu nome foi apontado como uma possível candidatura e eu de primeira não aceitei, mas fui sendo trabalhada até que aceitei, fui vereadora, estou deputada federal e na luta para continuar batalhando pelos direitos da sociedade”, avalia.
Talíria destaca que seu primeiro mandato aconteceu em um dos períodos mais difíceis para a democracia brasileira. “Foram quatro anos de muita resistência, luta, sofremos grave retrocesso democrático, passamos por flexibilização do uso de armas e munições, desmonte de direitos da sociedade, incontáveis prejuízos ambientais. Crises na saúde, na economia”, relembra.
Dentre as conquistas, podem ser citadas o auxílio emergencial de cota dupla para mães solo, subsídios aprovados para o setor da cultura. “Tivemos muitas pautas invisíveis que envolvem mães brasileiras. Mães estas que precisaram se desligar do mercado formal de trabalho para cuidarem de seus filhos, e estamos lutando para que este tempo possa ser contabilizado para a aposentadoria. Criamos também um projeto que proíbe a prisão unicamente por reconhecimento fotográfico. Mas o mais importante é a resistência enorme contra o retrocesso democrático”, aponta.
Com o Sul Fluminense, a ligação é feita através de núcleos, principalmente com educadores. “Através do Projeto Rio +30 Cúpula dos povos tradicionais, destinamos R$ 150 mil para a estruturação do jongo da região e R$ 500 mil para Saúde coletiva e povos tradicionais de matriz africana para a promoção de soberania e segurança alimentar e nutricional, projeto executado através da VPAAPS/Fiocruz, além de R$ 300 mil para a implementação do Centro de Direitos Humanos do IFRJ Pinheiral. Dessa forma fugimos da lógica capital cêntrica e damos visibilidade para o interior”, informa.
Para o futuro, a intenção é, caso eleita, fortalecer ainda mais a interiorização. “Esse é o eixo fundamental de nossos mandatos e já tem sido feito através de conselhos com representantes de todas as regiões, e queremos expandir tais iniciativas. Temos muita coisa a trabalhar como as questões ambientais. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), infelizmente ainda é responsável por uma série de danos ambientais e prejudica a saúde dos moradores. Uma pauta importante também foi o Projeto de Lei que institui o ‘Abril Verde’, dedicado a ações de combate, prevenção e conscientização sobre a intolerância religiosa e veda a exclusão de genitor ou ascendente do convívio de criança e adolescente por motivo de crença religiosa. Pauta esta que discutimos em Barra Mansa na Tenta Espírita Pai Cambinda”, detalha.
Para os eleitores, Talíria destaca que independente de partido, este é um ano histórico. “O momento que vivemos é decisivo para as gerações futuras. Precisamos ter convicção que precisamos interromper o ciclo de muito horror que temos vivido. São pessoas organizadas que vão nos ajudar a construir um novo Brasil”, conclui.