A pedido do vereador Rodrigo Furtado (PTC), a Câmara de Vereadores de Volta Redonda promoveu na noite de quarta-feira, 25, uma Audiência Pública com o tema: “Setembro Amarelo – mês de prevenção e conscientização ao suicídio”. O público presente teve a oportunidade de esclarecer dúvidas, ouvir depoimentos, sugerir melhorias na rede de atendimento e dialogar com diversos especialistas e acadêmicos. Dados importantes foram divulgados durante o encontro.
Estima-se que 12 mil pessoas tiram a própria vida anualmente no Brasil, uma alarmante média de 32 perdas diárias. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% das mortes, nove em cada dez, poderiam ser evitadas. Com base nas informações, Rodrigo Furtado foi taxativo ao destacar que prevenir e falar sobre o sofrimento sentido são as soluções.
“A lacuna é formada principalmente pela deficiência de políticas públicas e pelo desconhecimento dos atendimentos especializados. Na maioria das vezes, quem sofre não sabe a quem recorrer, nem como recorrer”, declarou o parlamentar, ressaltando que expor um problema não é uma tarefa fácil. “Precisamos abordar o tema, quebrar tabus e pensar juntos nas soluções. O suicídio pode ser evitado, caso as vítimas recebam atenção e acolhimento devidos. Identificar os alertas é a principal ferramenta para reverter essa situação”, completou.
PAPEL DA ESCOLA NO PROCESSO
A secretária Municipal de Educação de Volta Redonda, Rita de Cássia, que também participou do evento, falou sobre o papel da escola no processo de identificação das alterações comportamentais dos alunos. “Sabemos da nossa responsabilidade e do papel que exercemos na vida das crianças e jovens. Temos que prestar atenção nos sinais e indícios, abraçar realmente nossos alunos, para que amanhã este tipo de realidade não esteja presente na vida dele. Estamos aqui para ajudar e evitar situações como esta que estamos debatendo hoje “, ressaltou a secretária.
Sobre os serviços oferecidos pela rede e os futuros investimentos na área, o secretário Municipal de Saúde, Alfredo Peixoto, explicou detalhes aos presentes. “Seguimos buscando investimentos e melhorias para o serviço de saúde mental do nosso município. Hoje trabalhamos com profissionais experientes e estamos fazendo o melhor com as ferramentas que temos. Lutamos incansavelmente para promover as alterações necessárias e oferecer o melhor aos nossos usuários”, disse.
PRESENTES
Estiveram presentes também da mesa de trabalhos, o Capitão José Carlos Evangelista, representante do 22° GBM, Zenaide Rocha, voluntária do CVV há 17 anos; Caio Túlio, psicológo do Conselho Regional de Psicologia; Enino Araújo, psicólogo do Pró-Vida do Hospital Unimed; Elizabeth Soares, coordenadora do curso de psicologia do UGB; Hilda Falcão, psicóloga e professora do UniFoa; Daniele de Paula, assistente Social do Departamento de Saúde Mental; Gláucia Veiga, coordenadora do Caps Infantil; Paloma Salume, ativista LGBT; Ariane, paciente do Caps.