SUL FLUMINENSE
Algumas estações do ano fazem com que os escorpiões apareçam com mais frequência e, com isso, surge a necessidade da população ficar mais atenta, principalmente quem vive em locais úmidos, próximos a matas ou lixos. Esses animais peçonhentos costumam ficar mais ativos com o calor e as chuvas, o que contribui com o desalojando de suas tocas, e, como o tempo está propício, em Barra Mansa algumas pessoas já relataram ter encontrado escorpiões dentro de casa. Em casos de acidentes com animais peçonhentos, a vítima deve ser levada imediatamente para atendimento médico, onde as devidas providências serão tomadas.
Segundo informou a Secretaria de Saúde, através da Coordenadoria de Vigilância em Saúde Ambiental, em Barra Mansa o mais indicado é que essa vítima seja encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia. Ainda segundo a coordenação, atualmente existem centros regionais que centralizam o recebimento dos soros antídotos, sendo o mais próximo a Barra Mansa, o Cais do Aterrado, em Volta Redonda. Em Resende tem o polo de atendimento no Hospital de Emergência e em Valença, no Hospital Escola.
O veneno do escorpião é neurotóxico, ele afeta o sistema nervoso e causa muita dor. Para evitar ser picado, o recomendável é se prevenir mantendo o ambiente do entorno da casa sempre limpo, fazer a manutenção da caixa de esgoto e da caixa de gordura. No entanto, algumas pessoas ainda precisam realizar a dedetização para evitar a presença do animal. É o caso de Cristiano Francisco, morador do Ano Bom. Segundo ele, é necessária a dedetização de sua casa três vezes ao ano. “O local onde moro é úmido e tem uma mata atrás do prédio. Já apareceu escorpião dentro de casa umas quatro vezes. Por ter criança pequena, meu cuidado tem que ser dobrado”, afirmou.
Cuidado com as crianças
No adulto, o veneno do escorpião causa forte dor no local da picada, que pode irradiar para todo o membro. Já em crianças pequenas, além da dor, podem ocorrer náuseas, taquicardia, sudorese, arritmia cardíaca e edema pulmonar. Esse choque provocado no sistema cardiovascular pode levar à morte.
No caso de picadas, a primeira coisa a fazer é lavar o local e fazer compressa com água morna. Em seguida, procurar o hospital mais próximo. O quadro clínico do envenenamento pode variar, pois depende de diversos fatores como: a espécie do escorpião, a quantidade de veneno inoculado, a idade e a massa corpórea da vítima, sendo crianças e idosos, o grupo mais vulnerável.
SORO ANTIESCORPIÔNICO
Segundo o Ministério da Saúde, os casos leves, que não necessitam da aplicação do antiveneno, representam cerca de 87% do total de acidentes. “As ampolas são enviadas pela pasta aos estados, que são responsáveis pela distribuição aos municípios e pela definição estratégica das unidades de referência para o atendimento destes casos. Essa logística deve ser feita de acordo com a situação epidemiológica de cada região e os estados possuem também autonomia para remanejar o soro de uma cidade para outra quando necessário”, informou.