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Barra-mansense está em Los Angeles e relata experiência de proximidade ao incêndio

Por Mônica Vieira
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LOS ANGELES/BARRA MANSA
“Uma experiência extremamente traumática”. A descrição foi feita ao A VOZ DA CIDADE pela jovem natural de Barra Mansa, Beatriz Camargo, 28 anos, que há seis anos mora nos Estados Unidos e está atualmente próxima aos incêndios em Eaton e Palisades, e que desde terça-feira, dia 7, além de causar grande devastação, resultou, até o fechamento desta reportagem, em 16 mortes. Autoridades locais estimam que 13 pessoas estão desaparecidas e que o número pode aumentar.
As causas destes incêndios ainda são investigadas, mas os impactos nas comunidades são evidentes e alarmantes, pois, além de vidas perdidas, destruíram residências, causando crise habitacional e ambiental na região. Em resposta à tragédia, uma ampla rede de apoio foi mobilizada, englobando serviços locais de emergência e uma coalizão internacional de assistência.
“Moro aqui há seis anos e é a primeira vez que um desastre assim catastrófico acontece. Ocorrem outras queimadas naquela área, mas nada comparado a de agora. Essa ocorre em vários bairros diferentes, mas um específico, que é o de Palisades, foi completamente destruído, todas as casas. Uma vizinhança muito nobre que tem aqui, então são casas de milhões de dólares destruídas. É um dos lugares mais lindos aqui de Los Angeles e eu passava grande parte do meu tempo lá”, relata Beatriz, completando que conhece muitas pessoas de lá e que perderam tudo. “Mas elas, graças a Deus, estão salvas”, completou.


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Ela também falou sobre a sensação do medo. Disse que no bairro onde mora, não houve evacuação, mas que consegue avistar as chamas. “Onde moro é mais na cidade e tem pouca vegetação. Contudo, fomos orientados a deixar uma mala pronta em casos extremos”, disse, descrevendo a vontade de chorar em ver tantos lugares lindos sendo destruídos, assim como as pessoas perdendo suas casas. “O incêndio não afeta só área nobre. Afeta bairros mais simples e é feita mobilização para ajudar as pessoas que estão perdendo tudo, principalmente ajudar neste momento com comida e abrigo”, explicou.
Beatriz fala sobre os impactos do incêndio também no dia a dia. Conta que não chove há oito meses e que voltaram a usar máscaras por conta do ar, que muitos estão trabalhando de casa e que o trânsito, normalmente caótico, não é o mesmo, devido ao baixo volume de pessoas nas ruas. “Consigo olhar para o céu e ver ele mudando. Acordo de manhã e parece que estou no fim do mundo. É estressante viver nesse alerta, durmo pouco, com medo, fico ansiosa. Mas, apesar de estar em volta do incêndio, sigo em um local onde posso dizer ainda que estou mais protegida”, desabafa, frisando que em Los Angeles existe uma comunidade brasileira muito grande.
Ela diz que os moradores estão tendo um suporte grande e que todos estão se ajudando. “Eu também estou como voluntária, arrecadando alimentos, fraldas, entre outros, para levar para várias instituições. Existem vários moradores que não são pessoas famosas, pessoas de várias partes do mundo e que precisam de ajuda. É uma situação catastrófica, que eu nunca vivi, mas estou salva, segura e sigo em alerta”, finaliza Beatriz Camargo.

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