BARRA MANSA
Um painel de dez mil metros quadrados será pintado no muro da unidade do conglomerado industrial ArcelorMittal, no bairro Saudade, criando o maior graffiti do país. Isso acontecerá nos próximos meses e durará quatro semanas. Dez artistas farão a obra. A ação faz parte do projeto Fábrica de Graffiti e é uma realização da empresa, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, em parceria com a prefeitura, Colorgin Arte Urbana e produção da POMME.art.
Hoje, o presidente da Fundação Cultura, Marcelo Bravo, se reuniu com representante da empresa para definir detalhes da intervenção urbana. O prefeito Rodrigo Drable também participou. “A arte urbana é vista como rebelde. Esse projeto mostra que é possível fazer isso dentro da lei, da forma correta, sem perder seu impacto e sua importância. Essa iniciativa vem por meio de uma parceria institucional, sem custos para a prefeitura. Essa obra pretende ser uma das maiores do mundo, destacando Barra Mansa na história do graffiti nacional”, disse.
Os participantes e os temas serão escolhidos através de uma curadoria. A prefeitura ficará responsável em dar suporte na parte operacional do projeto, cuidando do trânsito na região, limpeza e conservação do local e a segurança dos artistas. Dois deles serão selecionados através de chamada pública, realizada pelo Fábrica de Graffiti. O prazo de inscrição será até o dia 15 pelo site do projeto (fabricadegraffiti.com.br/edital/), que já recebeu mais de 200.
O produtor executivo do projeto Vitor Canesso explica a importância do painel para Barra Mansa. “O impacto na vida das pessoas que convivem e vivem próximos a esses grafites é gigantesco. Aquele cenário que é cinza, que é sujo, é totalmente ressignificado através da visão desses artistas. O impacto na qualidade de quem transita pelo local é algo imediato, como também para os moradores e colaboradores da empresa. Essa cara humanizada aos muros da indústria trazem uma renovação muito relevante para quem convive no dia a dia. Um marco desse tem um potencial turístico a ser explorado também”, concluiu.