BARRA MANSA
O Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Vinícius Azevedo, se reuniu na última sexta-feira, 11, com representantes da TNC (The Nature Conservancy) no estado do Rio de Janeiro, para encaminhar o projeto Conservador da Mantiqueira. O encontro, que ocorreu na sede da Secretaria, abordou a ação dos produtores rurais para aumentar a cobertura de mata nativa no município, que está situado entre as divisas das Serras da Mantiqueira e da Bocaína, assim como, o fomento à arrecadação proveniente dos créditos de carbono.
O projeto tem o intuito de promover a restauração florestal de espécies nativas, em cerca de 1.200.000 hectares na área de influência da Serra da Mantiqueira nos mais de 280 municípios dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. “Com isso, a meta é formar corredores ecológicos na área de abrangência, melhorar a capacidade de produção dos serviços ambientais, como a água, a conservação de solo, a biodiversidade, o sequestro de carbono, a manutenção da paisagem, o aprimoramento da capacidade de resiliência dos municípios para enfrentar os danos causados pelas mudanças climáticas e fortalecer a governança ambiental nos municípios”, observou o secretário.
A Serra da Mantiqueira é uma cadeia montanhosa, que abriga as nascentes de importantes rios, repleta de pequenas cidades localizadas em altitudes que vão até 2.700 metros, e estende-se pelas divisas dos Estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, com influência também para a Serra do Mar.
O secretário explicou ainda sobre o crédito de carbono. “Essa medida é discutida no Brasil há muito tempo, porém somente agora está sendo possível a materialização através da implementação por meio do Pagamento por Serviços Ambientais, o PSA, aos proprietários que desejam restaurar suas terras, sendo uma forma eficaz de promover a recuperação ambiental”.
Na última semana, o Governador do Estado do Rio, Cláudio Castro, assinou um protocolo de intenções, em Nova Iorque, com a Nasdaq e a Global Environmental Asset Plataform (GEAP), para a criação da Bolsa de Ativos Ambientais.