VOLTA REDONDA
Dez profissionais de enfermagem do Programa Estadual de Transplantes iniciaram nesta quinta-feira, dia 28, uma capacitação realizada pelo Banco de Tecido Ocular Pedro Sélmo Thiesen – o Banco de Olhos de Volta Redonda, localizado no Hospital São João Batista. O objetivo é retornar as captações de córneas nos 34 municípios de abrangência do Banco de Olhos.
A coordenadora do Banco de Olhos de Volta Redonda, Michele Antoniol, informou que com a pandemia de Covid-19, as captações foram reduzidas, sendo realizados os casos só de morte encefálica dentro do centro cirúrgico. “Para retomarmos a captação de córneas na região, esses enfermeiros virão de hospitais do estado para receber o treinamento”, explicou a coordenadora.
Além desta quinta, as visitas acontecem também nos dias 4 e 11 de fevereiro, nos períodos da manhã e da tarde. Os enfermeiros serão divididos em dois grupos de três pessoas, e um grupo de quatro.
O Banco de Olhos de VR é o primeiro banco do estado do Rio de Janeiro Fundado em 2010. A coordenadora Michele destaca a importância das instituições parceiras como hospitais da região, em fazer as notificações dos óbitos, para que a equipe realize os procedimentos necessários.
PRIMEIRO PASSO É UMA ENTREVISTA
Segundo Michele, quando o banco é notificado sobre um possível doador, uma equipe segue para o local e o primeiro passo é uma entrevista com os familiares sobre a importância da doação. Sendo autorizada a coleta, a equipe capta a córnea e esclera (camada que protege o globo ocular), e leva ao Banco de Olhos, onde o material é processado e encaminhado para transplante.
Qualquer pessoa entre 10 e 80 anos pode ser um doador, desde que manifeste em vida junto aos familiares o desejo em ser doador, pois são os familiares que autorizam, ou não, a doação.
O Banco de Olhos de Volta Redonda funciona 24h com plantonistas. Para notificação de óbitos e possíveis doadores, os telefones são 08000-225742 ou (24) 3343-3935. A unidade está aberta para visitação com o objetivo de esclarecer a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. Essa visitação é realizada de forma restrita, para atender as regras de saúde durante a pandemia. “Eu acho ótimo, porque é uma área pouco discutida na graduação. A inserção no programa é bem legal, porque estamos conhecendo em outros estados e dentro do próprio Rio de Janeiro, como funciona a captação de órgãos e tecidos, a questão da conversa com a família, o acolhimento. São várias etapas para abordar e está muito interessante”, afirmou Ana Paula de Oliveira Coelho, 34 anos, moradora do município do Rio, enfermeira há dez anos e que está participando da capacitação.