RIO DE JANEIRO
A balança comercial do estado do Rio de Janeiro registrou saldo positivo de US$ 461 milhões, no período de janeiro a setembro deste ano, resultante das exportações em US$ 17,4 bilhões e das importações em US$ 16,9 bilhões. É o que informa o Rio Exporta, boletim de comércio exterior do estado, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). O Rio manteve a posição de segundo player com maior fluxo internacional do país, com participação de 13% no comércio exterior, perdendo apenas para São Paulo.
No período, houve redução de 18% das exportações, e nove entre dez dos principais setores exportadores da indústria registraram quedas em suas atividades. Não obstante, as vendas para a Espanha (US$ 890 milhões) e Portugal (US$ 491 milhões) cresceram, tendo Portugal aumentado as suas aquisições de petróleo fluminense em 209% e Espanha em 34%. A China permanece o principal comprador do óleo (US$ 8 bilhões), apesar da queda de 16% até setembro. “Além dos destaques de Portugal e Espanha, outro marco desse período foram as importações do Rio provenientes da China, que tiveram redução de 10%. São dados que refletem as dificuldades do cenário atual, como a queda acumulada de exportações e os índices exclusive petróleo, cujas vendas decresceram 34% (US$ 4,8 bilhões)”, alerta Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional.
No acumulado anual, o Rio apresentou tendência de redução do valor agregado de suas exportações, uma vez que teve queda de 25% no preço dos produtos de uma forma geral e crescimento de 8% no índice Quantum. Essa tendência foi evidenciada, principalmente, nas indústrias de extração de petróleo e gás natural, produtos farmoquímicos e farmacêuticos e produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos. “A indústria de petróleo e gás natural fluminense teve queda do valor agregado de suas exportações ao longo de 2020, com preços 30% mais baixos, apesar de um aumento de 28% na quantidade exportada. Ou seja, exportamos mais, porém a um valor mais baixo, influenciado principalmente pela cotação internacional do petróleo”, detalha Rossi.
Em relação à indústria de móveis, destaca-se o avanço de 30% nos preços dos produtos e de 116% no índice Quantum. Esse cenário se repetiu na indústria de produtos minerais não metálicos (3% no preço e 4% no Quantum).