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Bairro Pátio da Estação em Volta Redonda recebe visita de arquitetos e engenheiros

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA

É comum em todo o país no período em que se aproxima o Natal visitas e doações às pessoas em estado de vulnerabilidade. Nesta linha, com um diferencial, um grupo de voluntários das áreas de arquitetura e engenharia com seus conhecimentos técnicos, realizaram, no último final de semana,  uma ‘visita solidária técnica’ ao bairro Pátio da Estação. A comunidade, mesmo que meio invisível, fica no centro da cidade, localizado em frente à Rodoviária Francisco Torres.

O grupo composto por José Gomes e Laura Jane, ambos arquitetos e Renan Henrique, engenheiro civil, estiveram no local pela primeira vez. A equipe ambiental do Movimento Pela Ética na Política (MEP), responsável pela provocação, acompanhou os profissionais ao local. Durante a visita, os  profissionais ficaram impressionados com a falta de acessibilidade e mobilidade das 17 famílias residentes na localidade, algumas há mais de 30 anos.

ASSUSTADOS E IMPRESSIONADOS

Os visitantes se declaram assustados e impressionados pelo o que viram. “Impactou-me o fato de ser uma comunidade totalmente invisível para a sociedade e os poderes públicos. São pessoas, algumas há mais de 30 anos no local, que escondidas entre a linha férrea e uma usina em espaço que a eles pertencem, estão agredidos na sua dignidade. É grave e muito triste presenciar isto”, declarou o professor José Gomes, arquiteto aposentado ao conversar com os moradores e observar a situação estrutural.


Uma das moradoras da localidade há mais de 30 anos, que se identificou apenas como Fátima, ao lado filha, relatou estar cansada e desesperançada. “Ninguém olha pela gente. Já vieram aqui estudantes, advogados, um grupo de engenheiros e não deram solução. Daqui não sairemos para morar em caixotes, queremos que dêem um jeito no acesso. É triste ver doentes, idosos sendo carregados escada acima e até falecido em saco, pois nem funerária entra aqui”, desabafou indignada a moradora.

ENCAMINHAMENTOS

Após a visita e avaliação estrutural do local, os técnicos, a partir dos indicadores dos moradores farão uma proposta emergencial para solução de acesso vertical com olhares para travessia da Rodovia 393. “Vamos trocar ideias e montar coletivamente algo alternativo e viável e apresentar à comunidade”, informou a arquiteta Laura Jane, ligada à Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Volta Redonda.

O engenheiro Renan Henrique, fez várias anotações e diz acreditar que o trabalho coletivo fará a diferença. “Vamos trocando ideias no grupo e incorporando outros atores, certamente encontraremos uma solução viável”, comentou.

Ciente da visita, a professora Silvia Real, da Equipe Ambiental do MEP louvou a iniciativa. “A iniciativa do MEP e dos profissionais nesta visita e na procura de alternativas é exemplar. Sugiro aos técnicos incorporarem o trabalho como elemento do Seminário Socioambiental e de Políticas Urbanas que o Movimento realizará em 2021 e, claro, somada à necessária visibilidade e movimentação da sociedade para acelerar as demandas mais urgentes desses moradores”, concluiu Silvia Real, que é também conselheira do MEP.

 

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