Carlos Henrique

RESENDE

A equipe de Ortopedia do Hospital de Emergência de Resende passou recentemente por uma capacitação para que a unidade passe a realizar cirurgias de implante de prótese de joelho, um procedimento que hoje só é realizado fora do município.

De acordo com a direção do Hospital, para realizar o procedimento, além da capacitação dos ortopedistas, a Prefeitura também abriu um processo licitatório para a compra de doze próteses. A aquisição faz parte de um projeto piloto que será desenvolvido pelo hospital e que atenderá, prioritariamente, os pacientes que apresentam quadros mais graves e que estão em maior sofrimento. “A Prefeitura enxergou a necessidade de complementar as possibilidades de cirurgia, pois as unidades que atendem nossos pacientes, como o Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), localizado no Rio de Janeiro, e o Hospital Dona Lindu, situado em Paraíba do Sul, estão com processos muito demorados, ou seja, nossa população está sendo prejudicada por essa demora.

A Prefeitura adquiriu doze próteses por meio de um processo licitatório – Ascom Resende.

Então começamos a agir no sentido de capacitar nossos profissionais e comprar as próteses necessárias para as cirurgias”, explicou o responsável pela área de ortopedia do HME, Eugênio Cambraia.

Na semana passada, representantes da empresa Ortosíntese, vencedora da licitação, estiveram no HME para instruir os ortopedistas sobre o uso, funcionamento, modelo das peças artificiais e as especificações das próteses que serão utilizadas nas cirurgias.

A aquisição das próteses faz parte de um projeto piloto que será desenvolvido pelo hospital – Ascom Resende.

Segundo Cambraia, as cirurgias deverão começar no mês de novembro e os primeiros beneficiados serão os pacientes cadastrados no programa Tratamento Fora do Domicílio (TFD), que estão em estado mais grave. “Nosso objetivo é zerar as filas de espera ou pelo menos suprir as necessidades dos pacientes que aguardam pelo procedimento nas unidades situadas fora de Resende. Inicialmente, para dar início ao projeto piloto, adquirimos apenas doze exemplares e vamos priorizar o atendimento de acordo com o grau de sofrimento do paciente. Em 2019, daremos continuidade ao trabalho, comprando novas próteses e ampliando o atendimento visando beneficiar todas as pessoas que estão na fila de espera”, disse.

Representantes da empresa fornecedora das próteses estiveram no HME para instruir os ortopedistas – Ascom Resende.

INVESTIMENTO

Na atual gestão, além das cirurgias de próteses de joelho que está sendo implantado, o Hospital de Emergência também já incluíram em seu quadro de procedimentos, as cirurgias de implantação de prótese de fêmur e a artrodese de coluna, consideradas de alta complexidade e que só eram realizadas fora do município, muitas vezes causando aos pacientes grandes sofrimentos, em função da longa fila de espera. “O objetivo nosso é investir cada vez mais na estrutura do Hospital, que já recebeu quase R$ 600 mil em novos equipamentos. Também na capacitação dos profissionais, para que o Hospital, que já é uma referência na região em atendimentos de urgência e emergência, também possa oferecer aos pacientes de Resende outros procedimentos importantes, sem que a população tenha que se deslocar para outros municípios”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Alexandre Vieira.