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Aula de dança marca despedida do Robô NAO no Centro de  Alzheimer de Volta Redonda

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA
Uma aula de dança ao som de “Deixa a Vida Me Levar”, na voz de Zeca Pagodinho, marcou a despedida do Robô NAO no Centro de Atendimento para Pessoa Idosa com Alzheimer e Familiares, o Centro Dia Synval Santos, em Volta Redonda. O ciclo de atividades com o robô humanoide, muito usado em práticas de ensino e testes de inteligência artificial (IA), iniciou em novembro do ano passado e encerrou nessa quinta-feira, 31/8, incluindo aula de dança e contação de histórias.
O Robô NAO foi usado no atendimento aos idosos com Alzheimer do Centro Dia Synval Santos, através de parceria entre a Prefeitura de Volta Redonda, por meio da secretaria de Ação Comunitária (Smac), e o Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), que desenvolveu o projeto. O objetivo foi ajudá-los a controlar a parte motora, estimular e aumentar a capacidade de concentração, e acabou trazendo alegria e motivação para os usuários.
ESTIMULAR A PARTE MOTORA
Fisioterapeuta do Synval Santos, Tatiana Ferreira, explicou que nas atividades para estimular a parte motora, a equipe do Centro de Alzheimer enviava vídeos com os movimentos sugeridos aos idosos e a estudante do IFRJ, Ana Júlia Ramos, responsável pelo projeto do robô, fazia a programação. “Foi assim que aconteceu na aula de despedida”, contou.
Erly Marlene Gomes da Silva, que frequenta o Synval Santos desde março deste ano, era uma das mais empolgadas na aula de dança, procurando acompanhar os movimentos do robô. “Ver um robô dançando foi uma novidade para mim. É divertido acompanhar os movimentos. E mais um motivo para eu querer voltar sempre para cá”, disse.
Maria do Carmo Fagundes Silva dos Reis está no Centro de Alzheimer desde outubro do ano passado e participou de todas as atividades com o robô. “Foi muito diferente, animado e bom para distrair a cabeça. Tomara que ele volte mais vezes”, desejou.
SENTIR FALTA
A estudante do IFRJ, Ana Júlia Ramos, que desta vez estava com a colega Letícia Oliveira, ambas da equipe de robótica do instituto, disse que também vai sentir falta dos idosos. “Foi muito bom ver que alguns se lembravam do robô quando retornávamos”, contou.
A coordenadora do Centro de Alzheimer de Volta Redonda, Danielle Freire, enfatizou que a iniciativa uniu a estimulação neurocognitiva com a tecnologia, uma realidade distante para eles até então. Ela agradeceu à equipe do IFRJ e passou para que uma idosa entregasse à Ana Júlia uma lembrança do Centro de Alzheimer em formato de miniatura. “É um cérebro, que representa a nossa casa, para que vocês voltem sempre”, disse.


 

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