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ARTIGO – Barra Mansa, cidade de diversificação de produtos e oferta de serviços

Por Carol Macedo
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Nikson Salen – Historiador

A história de Barra Mansa tem início em 30 de agosto de 1764, quando Francisco Gonçalves de Carvalho, recebeu uma grande extensão de terra na qual fundou a Fazenda da Posse e deu início a criação de animais e a produção de alimentos. Bem localizada e estruturada, em pouco tempo a propriedade tornou-se parada obrigatória para os tropeiros e viajantes que passavam por Barra Mansa em direção aos portos de Angra dos Reis. Por volta de 1829, o povoado de Barra Mansa ainda era administrado por Resende, quando os seus habitantes, liderados por Custódio Ferreira Leite, o Barão de Ayuruoca, manifestaram pela primeira vez em favor da emancipação político-administrativa, que só veio a ocorrer no dia 3 de outubro de 1832, com a elevação do povoado à categoria de Vila, sob a denominação de Vila de São Sebastião da Barra Mansa. Para a sua administração foi instalada a Câmara Municipal de Barra Mansa, no dia 16 de fevereiro de 1833, constituída pelos seguintes vereadores: Ten. Domiciano de Oliveira Arruda (Presidente), José de Souza Breves, Padre José Britualdo de Melo, José Bento Ferreira da Silva Guimarães, Joaquim Gomes de Souza, Manoel de Souza Azevedo e o Cap. João Pereira da Cruz. No século XIX a cultura cafeeira proporcionou um rápido desenvolvimento do local, o que contribuiu para a elevação da Vila de São Sebastião da Barra Mansa à categoria de cidade, no dia 15 de outubro de 1857. O escoamento da produção do café era realizado no lombo de mulas e em barcos que navegavam pelo Rio Paraíba do Sul, até a inauguração da Estação Ferroviária de Barra Mansa, no dia 16 de setembro de 1871. A viagem pelos trilhos diminuiu os custos e agilizou o transporte. A Lei Áurea assinada em 13 de maio de 1888 extinguiu a escravidão e provocou o êxodo dos trabalhadores das lavouras. Esse fator e o cultivo inadequado do café foi determinante para o declínio do ciclo. Barra Mansa passou a se dedicar à pecuária leiteira, uma tendência de quase todos os municípios fluminenses. A chegada da Estrada de Ferro Oeste de Minas, ligando Barra Mansa ao Estado de Minas Gerais, estimulou o desenvolvimento da pecuária leiteira e, mais tarde, a industrialização. O município em pouco tempo transformou-se em um grande centro pastoril, com a produção de leite atingindo seu auge na década de 1930, quando o município alcançou o posto de maior produtor de leite do país. A grande oferta de água, associada à facilidade do transporte pelas ferrovias e rodovias foram fatores determinantes para que Barra Mansa despontasse como principal região econômica do nosso país. A chegada da fábrica Moinho Fluminense, em 1930, marca o início da industrialização no município, que, em 1937, recebe outras três grandes indústrias: a Siderúrgica Barra Mansa, a Companhia Metalúrgica Bárbara e a Nestlé. Em 1941, no então distrito de Volta Redonda, foi instalada a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que consolidou Barra Mansa como um dos maiores núcleos industriais do país.


Atualmente, o setor de comércio e serviços é o que mais emprega no município, com uma grande capacidade de oferta e diversificação de produtos, o que atrai inúmeros consumidores de outras cidades.

Foto: Divulgação

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