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Arena de Volta Redonda terá mesma linha de aproveitamento do Estádio da Cidadania com Esporte, Saúde e Social

Por Tânia Cruz
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 VOLTA REDONDA

A Arena Esportiva do município, que foi construída ao lado do Batalhão da Polícia Militar, seguirá o mesmo modelo de ocupação dos espaços internos adotado no Estádio da Cidadania Raulino de Oliveira. A proposta é desenvolver as atividades esportivas inerentes ao projeto inicial, ao mesmo tempo em que projetos voltados para a Saúde e o Social são agregados como incremento para a população. Responsável pelo atendimento de pacientes com deficiência física, visual e intelectual, o Centro Especializado de Reabilitação (CER III) é o primeiro projeto já de mudança para a Arena Esportiva Nicolau Yabrudi, (Seu Nula).

Atualmente a unidade funciona em um prédio anexo ao antigo Hospital Santa Margarida e tem capacidade para atender mais de sete mil pacientes por ano. Da mesma maneira, a Arena também abrigará o programa Follow Up e o Polo de Ostomizados, que também fazem parte do CER III e hoje funcionam em locais separados.  O objetivo da mudança é garantir melhor qualidade de vida para pacientes e familiares que usam os serviços de saúde da rede municipal. Volta Redonda foi credenciada pelo governo federal para atender mais nove municípios do Médio Paraíba com os projetos que funcionarão na Arena: Barra Mansa, Resende, Porto Real, Quatis, Itatiaia, Rio Claro, Pinheiral, Valença e Rio das Flores.

Fase aguda e inicial

O coordenador do Centro Especializado de Reabilitação III, Vladimir Lopes de Souza, explica que o CER III é responsável pelo atendimento a pacientes agudos, com lesões neurológicas, identificadas como deficiências físicas. “Nosso objetivo é de tratar os pacientes em fase aguda e inicial. Quando um paciente na fase aguda é tratado, as comorbidades posteriores, as alterações que ficam permanentes, reduzem em quase 60%. Quando ele é tratado de forma correta, às sequelas após lesões reduzem bastante e isso é muito importante para a saúde desse paciente”, disse o coordenador.

Esse paciente agudo pode ser atendido no CER III e permanecer até dois anos após ter entrado no programa. Depois disso, ele é encaminhado para a Rede Municipal de Saúde. Esse critério de atendimento é uma normativa do Ministério da Saúde.  João Ferreira, morador do bairro San Remo, é atendido no Cer III e tem o chamado “pé diabético”, uma complicação grave da diabetes. “Meu marido já teve um pé amputado e agora com o acompanhamento feito aqui, vai ganhar uma palmilha. Ele precisa desse cuidado especial com o calçado que utiliza, pois um sapato mal adaptado pode causar ferida no pé diabético”, disse Carmem Lucia dos Reis.

Os pacientes são encaminhados para o CER III através das Unidades Básicas de Saúde de Volta Redonda e das secretarias de saúde dos outros municípios. O centro é responsável por disponibilizar também aos deficientes físicos  dispositivos auxiliares de locomoção como  próteses, órteses, cadeiras de rodas, muleta, andador, entre outros.


O Projeto na Arena

O projeto vai ocupar todo o prédio 01 da Arena Esportiva, em uma área de aproximadamente 2.100 metros quadrados. Com isso, há expectativa de criação de 34 salas de atendimento. O andar térreo abrigará o Pólo de Ostomizados com consultórios para as seguintes especialidades: oftalmologia, neurologia, ortopedia, psiquiatria, pediatria, odontologia e sala de prótese.

No segundo pavimento será o atendimento do Follow Up, centro de referência para crianças com atraso no desenvolvimento motor e intelectual, com consultórios de pediatria, fonoaudiólogia, psicologia, assistência social, salas de fisioterapia, integração sensorial, terapia intensiva motora e tratamento intensivo cognitivo.

Já o terceiro pavimento será destinado à reabilitação física, intelectual e visual, e contará com seis consultórios, salas de fisioterapia, integração sensorial, propriocepção, orientação visual de mobilidade, atividade de vida prática (espaço que simula os ambientes de uma residência) e ginásio terapêutico.

Estão previstos no projeto todos os espaços de apoio necessários, como recepções, sanitários, salas de espera, elevador, rampa, salas de administração e coordenação, sala de reuniões, auditório, além de uma oficina completa onde serão confeccionadas órteses e próteses. Todo o projeto foi desenvolvido obedecendo as normas para estabelecimentos de saúde e às normas de acessibilidade.

O projeto arquitetônico, desenvolvido arquitetos da secretaria de Saúde e da Vigilância Sanitária, Luisa Dias e Raimundo Diogo, foi aprovado junto aos coordenadores responsáveis por cada setor.  Já os projetos complementares, como elétrica, hidráulica, esgoto, climatização e o projeto contra incêndio e pânico estão sendo realizados pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPU).

Após a conclusão dos projetos, previsto para o próximo mês, finalização do orçamento e do cronograma, será iniciado o processo de licitação e a empresa vencedora poderá iniciar a obra. Após autorização para início da obra, a previsão é de seis meses para conclusão. “Todo o projeto foi pensado no bem estar de todos. As famílias que estiverem aguardando o atendimento terão a visão da Arena, fugindo assim da idéia de estar dentro de uma unidade de saúde. Será um ambiente humanizado em respeito às pessoas”, disse o arquiteto Raimundo Diogo.

 

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