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Após utilização em vacina contra a Covid-19, tecnologia mRNA terá como alvo a malária

Por Andre
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NOVA IORQUE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) assegurou que irá cooperar com os parceiros que pretendem usar a tecnologia mRNA para fabricar um imunizante contra a malária. Nesta segunda-feira, a farmacêutica alemã BioNTech anunciou a intenção de usar esta tecnologia, que está por trás de sua vacina contra o coronavírus, agora para combater a malária.

Covid-19

A técnica pode estimular a produção de vacinas que carregam instruções que direcionam o corpo a produzir uma pequena quantidade de proteína, que ao ser detectada, pelo sistema imunológico, permite que o organismo produza anticorpos.

O diretor-geral da agência disse que há 18 meses, a maioria das pessoas fora do mundo das ciências humanas nunca tinha ouvido falar da tecnologia mRNA. Mas a eficácia muito elevada de duas vacinas para a Covid-19 mostrou ao mundo quão poderosa esta tecnologia pode ser contra muitas doenças, incluindo a malária.

As declarações foram feitas no evento virtual “Combate a Doenças Infecciosas – Esforços Conjuntos na África”. No discurso, o chefe da OMS disse ainda que a pandemia também demonstrou a necessidade urgente de se investir na ampliação da capacidade de produção de vacinas locais, especialmente na África.

Segurança 


A iniciativa conta com a parceria do Banco Europeu de Investimentos e da Fundação Bill e Melinda Gates. A BioNTech espera que até o final de 2022 iniciem os ensaios clínicos para uma “vacina contra a malária segura e altamente eficaz”.

Tedros Ghebreyesus disse que são reportados mais de 200 milhões de casos anuais da malária, na maioria em mulheres e crianças africanas. Ele citou uma pesquisa feita em 105 países, revelando que diagnósticos da doença foram interrompidos pela pandemia. O chefe da OMS vê muito trabalho por fazer para ter um mundo livre da doença, que carece de “novas ferramentas para essa visão, incluindo novas vacinas”. A busca de uma vacina contra a malária decorre há várias décadas. Há seis anos foi aprovado o primeiro imunizante do mundo. Há apenas dois começou um programa-piloto em Gana, Quênia e Malauí, que vacinou 700 mil crianças numa iniciativa “com resultados iniciais promissores”.

Imunizante 

A OMS destacou que fará uma revisão das recomendações para uso mais amplo do imunizante nos próximos meses, mas que já é sabido que “no futuro serão necessárias mais e melhores vacinas”.

A empresa alemã, que desenvolveu a primeira vacina de coronavírus juntamente com a norte-americana Pfizer, anunciou que também está procurando estabelecer uma unidade de produção de vacina de mRNA na África.

A região enfrenta desafios de fornecimento suficiente de doses da vacina Covid-19. Sobre a questão, a BioNTech revelou estar trabalhando com parceiros para “avaliar como estabelecer capacidades sustentáveis de fabricação de mRNA no continente africano para fornecer vacinas”.

* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe

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