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Aplicativos de transporte se consolidam como fonte de renda para trabalhadores da região

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE

Um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que em 2022 o Brasil tinha 1,5 milhão de pessoas que trabalhavam por meio de plataformas digitais e aplicativos de serviços. Nesse montante, 52,2% (778 mil) exerciam o trabalho principal por meio de aplicativos de transporte de passageiros, uma profissão que não para de crescer e que, na região, tem se tornado cada vez mais uma opção de renda única ou para compor o salário de quem já trabalha em outro setor.

O coordenador de operações, Ederson Vinicius Aguiar, de 41 anos, tem um emprego fixo, mas não abre mão do aplicativo de transporte para motocicletas que, segundo ele, tem se expandido devido ao preço e a facilidade de locomoção que oferece ao usuário. De acordo com o motorista, hoje o que se observa é que esse tipo de serviço tem se tornado a saída para muito trabalhador conseguir uma renda extra, o que seria um dos motivos para impulsionar sua adesão. “Eu trabalho com a moto no período em que não estou no meu emprego e consigo atender bem para compor a minha renda.  Sem dúvidas, o fato de conseguir aumentar a renda da família é o que tem feito muitos profissionais de outras áreas virarem motorista de aplicativo nas horas vagas. A vantagem do meu caso, com a moto, é o fato das corridas serem mais baratas e a flexibilidade no trânsito. Eu encho o tanque da moto com R$ 45 e rodo de dois a três dias. Se eu consigo fazer de R$ 150 a R$ 200 por dia já dá para ganhar um dinheiro,” disse Aguiar.

O metalúrgico Geovane Jorge Ferreira de Melo Silva, de 40 anos, trabalha há 11 anos em uma siderúrgica e conta que a opção de ser motorista de aplicativo surgiu há um ano e meio, quando viu a necessidade de complementar o salário que, segundo ele, é muito baixo. “Eu trabalho três dias na empresa e três dias de motorista. Quando estou no aplicativo eu vou das 6 horas até o meio-dia,  e depois das 15 horas até meia noite, para garantir uma faixa de R$ 600 a mil reais, por semana. Na atual situação econômica do país, esse é o trabalho que vem ajudando muitos chefes de família”, acrescentou.


Única opção de renda

Mas, se por um lado existem profissionais que têm o aplicativo de transporte para compor a renda, em contrapartida, esse tipo de serviço é a única opção de garantir o sustento da família. É o caso do motorista Guilherme da Silva Carvalho, de 31 anos, que há cinco anos trabalha fazendo corridas por aplicativo. Ele destaca, no entanto, que sua rotina exige um pouco mais de dedicação para alcançar um salário que pode variar de R$ 4 a R$ 5 mil. “Estipulo a meta de levantar entre R$ 200 a R$ 230, por dia, e vou fazendo as corridas até conseguir alcançar esse valor. Não tenho hora para começar e nem para parar, já fiquei 24 horas rodando direto. O trabalho por aplicativo de transportes é uma coisa que veio para ficar, ele ajuda muitas pessoas que necessitam do transporte público, os preços são justos e, por isso, não vai parar de crescer”, ressalta o motorista, ao falar sobre a importância da manutenção do veículo que, de acordo com ele compromete até  15%  da sua renda, periodicamente.

LEVANTAMENTO DO IBGE

Os dados do IBGE sobre o trabalho por meio de aplicativos são do estudo Teletrabalho e Trabalho por Meio de Plataformas Digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). As estatísticas são experimentais, ou seja, estão em fase de teste e sob avaliação. A pesquisa é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Além dos 52,2% (778 mil) que exercem o trabalho principal por meio de aplicativos de transporte de passageiros, o estudo apontou que 39,5% (589 mil)  são trabalhadores de aplicativos de entrega de comida e produtos,  enquanto os trabalhadores de aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais somam 13,2% (197 mil).

 

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