BARRA MANSA
Construída no século XVII, a Fazenda da Posse é um dos marcos do povoamento de Barra Mansa. Com 260 anos, completados em 30 de agosto, a fazenda é o primeiro registro de edificação do município e abriga o Centro de Documentação e Memória, que preserva documentos, livros e fotografias essenciais para a história local.
Segundo o historiador Nikson Salem, Gerente de Patrimônio da Fundação de Cultura, a fazenda está aberta à visitação e recebe muitos alunos da rede municipal de Ensino. Os visitantes podem explorar os detalhes da construção e a história de Barra Mansa, promovendo a conscientização sobre a importância de preservar o patrimônio cultural.
RESUMO DA HISTÓRIA
No final do século XVII, a descoberta de ouro em Minas Gerais levou à formação de povoados. Em 1744, Simão da Cunha Gago fundou o povoado de Nossa Senhora da Conceição do Campo Alegre da Paraíba Nova, abrangendo Resende, Barra Mansa e Volta Redonda. Em 1764, Francisco Gonçalves de Carvalho estabeleceu a Fazenda da Posse, que se tornou um ponto de apoio para tropeiros, produzindo café, açúcar e aguardente, e abrigando o primeiro cemitério e capela da cidade.
Em 1820, o Barão de Ayuruoca construiu uma nova capela e doou terras para o povoado, contribuindo para a emancipação em 3 de outubro de 1832. No século XIX, a fazenda foi herdada por Rita de Jesus e depois adquirida por Baldomero Barbará, fundador da Companhia Metalúrgica Barbará, atual Saint-Gobain.
Em 1970, a fazenda foi doada à Prefeitura, mas ficou abandonada até ser recuperada em parceria com o Sistema Firjan, que instalou uma unidade do SESI. De 2001 a 2017, foi um Centro Cultural, e em 2017, criou-se o Centro de Documentação e Memória, focado na preservação de documentos históricos.
MELHORIAS INVESTIDAS
No último dia 23 de setembro, o prefeito Rodrigo Drable inaugurou melhorias no Centro de Documentação e Memória, incluindo troca de piso, construção de banheiros e instalação de vidro no muro, facilitando a localização do espaço.
Drable ressaltou a importância da Fazenda da Posse e a necessidade de torná-la mais conhecida. “Esse local foi abandonado, mas, há 30 anos, o prefeito Luiz Amaral iniciou sua restauração. Quando assumimos em 2017, decidimos torná-lo visível”, disse.
Com um convênio com a UERJ, será possível preservar documentos históricos. Além disso, um parque inclusivo para crianças com deficiência será instalado até o final do ano, promovendo a interação da comunidade. “Queremos trazer a comunidade para dentro do espaço”, finalizou o prefeito.