BARRA MANSA
Na tarde desta quarta-feira, 9, o jornal a VOZ DA CIDADE foi até os principais pontos de ônibus de Barra Mansa para apurar denúncias de passageiros sobre o grande número de pessoas no transporte público, a falta de ônibus e de uma fiscalização eficiente.
Segundo a passageira, Fabiana Silva, o acúmulo de pessoas dentro do coletivo durante uma pandemia é preocupante. “Nos horários de pico, principalmente de manhã e na parte da tarde, os ônibus chegam lotados e mesmo assim, as empresas não aumentam o número de veículos. Além disso, os responsáveis não solicitam e os passageiros não se conscientizam sobre a importância de deixar as janelas abertas, o que evita a circulação do ar e aumenta a possibilidade de propagação do novo vírus”, disse, relatando ainda que as empresas poderiam diminuir o número de passageiros em cada veículo. “Assim como as lojas, bares e restaurantes precisam seguir medidas de distanciamento, os ônibus também deveriam, principalmente por ser um local fechado”, completou.
O mecânico, Marlon Freitas, que também depende do transporte para trabalhar, falou sobre a atenção com os passageiros que estão correndo riscos. “Os horário ainda estão reduzidos, mas com a volta do comércio, o número de pessoas que utilizam o transporte continua o mesmo, além de ficar quase uma hora no ponto, pela falta de veículos, o veículo sempre está lotado e eu não tenho saída. Precisamos desse meio de transporte, por isso, acho que deveria existir uma fiscalização mais recorrente em relação ao uso de máscara, álcool gel e distanciamento entre os passageiros”, afirmou.
O trabalhador Victor Hugo Duarte também mostrou-se indignado com o pouco caso com a população que precisa do transporte público. “Ônibus com superlotações e pessoas aglomeradas em um só lugar, fazem com que aumente o número de casos. Em minha opinião, as empresas poderiam pelo menos, fornecer álcool gel a partir do momento que o passageiro entra no ônibus”, pontuou.
A moradora de Barra Mansa, Julia Salles, relatou que devido a aglomeração dos ônibus, precisa optar por motoristas de aplicativos e gastar um pouco mais para não correr o risco de contaminação, porém, nem sempre essa é uma opção. “Quando vou para o trabalho e vejo o ônibus lotado, prefiro optar pelo o uso do aplicativo de motoristas, para não correr o risco de contaminação da Covid-19, porém, nem sempre tenho condição de pagar pelo valor, assim como outras pessoas, que ficam sem saída e se arriscam diariamente”, lamentou.
O jornal A VOZ DA CIDADE, entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Barra Mansa (Sindpass) e com a Prefeitura de Barra Mansa, para saber o posicionamento da mesma em relação às denúncias dos passageiros sobre a quantidade de pessoas que estão sendo transportadas, a falta de fiscalização e a falta de veículos. Não houve um posicionamento dos órgão até o fechamento desta edição.