NOVA IORQUE
A comodidade de fazer compras pela internet e ter o produto entregue em casa não deve ser usada sem consciência ambiental. O alerta é da Agência da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, num artigo publicado em sua página online.
Para o Pnuma, a sustentabilidade deve ser uma preocupação de qualquer empresa que vende pela internet. A agência lembra que um grande número de fabricantes tem se empenhando em reduzir a quantidade de plástico ou de papel com as embalagens, mas ainda há muito a fazer para que a compra na internet seja ambientalmente correta.
Ofertas
Somente nos Estados Unidos, em 2016, o comércio online movimentou US$ 2,6 bilhões em vendas. O cálculo é da empresa McKinsey e Company, que informa que o setor registrou um crescimento de 100% anual entre 2013 e 2018. Ainda de acordo com esta planilha, um terço das pessoas que compram pela internet buscam conveniência, apenas 13% estão interessados em ofertas.
O número de caixas para produtos de beleza, alimentos congelados e outros itens revela um fardo ambiental. Desperdícios de alimentos, por exemplo, representam 8% das emissões de gases de dióxido de carbono, no valor de quase US$ 1 trilhão em todo o mundo.
Consumo
Num estudo da Universidade de Michigan, pesquisadores descobriram que o desperdício de kits de alimentos comparado ao de compras feitas em supermercados é menor. Uma das razões é que a comida vendida pela internet tem porções melhor adaptadas ao consumo.
Quando o consumidor vai ao mercado, existe um desperdício equivalente a 11% das emissões de gases que causam o efeito estufa. No caso de kits de alimentos online, colocados na porta de casa, a taxa é de 4%. Este número pode ser ainda mais baixo com o aumento de drones e vans elétricas na frota de entrega dos paquetes.
Beleza
O artigo do Pnuma chama a atenção para produtos de beleza e cuidados pessoais, que consome grande quantidade de plásticos descartáveis. O montante usado na indústria desde 1960 subiu 120 vezes.
Os altos níveis de embalagens plásticas são justificados com a necessidade de manter a qualidade e a segurança do produto.
No mês passado, a média de paquetes enviadas por dia era de 1 milhão. A agência da ONU acredita que 1 bilhão de árvores tiveram que ser cortadas para atender a demanda de 165 bilhões de paquetes, enviados em 2017. (*Com informações da Agência ONU).
* Silas Avila Jr – Editor Internacional