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Advogado fala à revista sobre relação com Wilson Witzel

Por Carol Macedo
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RIO

Na manhã de hoje o candidato ao Governo do Estado, Wilson Witzel (PSC) teve fotos e mensagens expostas na internet. Seriam de sua relação com o advogado Luiz Carlos Cavalcanti Azenha, condenado por ajudar na fuga do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha. Witzel rebateu em entrevistas e em debates eleitorais que teria laços pessoais com Azenha, dizendo que ele apenas foi seu aluno. As mensagens e fotos foram divulgadas pela revista Veja, que conversou com o advogado. Ele disse que teria participado da campanha e foi afastado após o crescimento do ex-juiz na disputa.

Depois de ter sido afastado, segundo as reportagens veiculadas em outros jornais depois da matéria da Veja, Azenha contou que o seu número de celular foi bloqueado e que recebeu recado dizendo para ele ficar quieto e que depois ganharia um cargo no governo. Agora, disse que não quer mais a amizade do candidato que lidera as pesquisas eleitorais e surpreendeu indo para o segundo turno contra Eduardo Paes (DEM).


Foram mostradas conversas de WhatsApp entre os dois e uma delas fala de uma transação financeira. “Não vou depositar, pode passar aqui?”, questiona Witzel. Azenha disse à reportagem da Veja que esse pagamento seria relativo a uma assessoria que prestou ao agora candidato, contratado pelo ex-secretário dos governos de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão que foi acusado na Operação Lava-Jato, Wudson Braga. Na revista, o advogado disse que o ex-juiz “é pior que o Nem”.

A assessoria de Wilson Witzel, em nota à imprensa mandou alguns esclarecimentos. Disse que o candidato jamais negou que conhecia ou tenha estado com Azenha. Reafirma que o advogado nunca teve participação em sua campanha. “O advogado citado pretendia concorrer ao cargo de deputado pelo PSC e se filiou ao partido na mesma data da filiação de Wilson (2 de março de 2018), assim como mais de 200 outras pessoas. A partir desse momento, Wilson teve conversas políticas com todos esses pré-candidatos. Azenha não teve a candidatura aprovada pelo partido”, diz a nota enviada.

A respeito do depósito mencionado na matéria, a assessoria de Witzel informa que foi um adiantamento de parte de honorários devidos ao advogado Azenha pelo engenheiro Vinicius Nogueira, amigo de Wilson, que o havia contratado – o que pode ser confirmado pelo mesmo. “Wilson Witzel jamais advogou para o Sr. Hudson Braga, que havia procurado o escritório do Medina Osório mas que, após uma análise de Wilson e do advogado Fábio Galvão, teve o seu caso recusado”, completa a nota, informando ainda que são inverídicas as afirmações que Azenha ganharia um cargo num eventual governo de Wilson.

 

 

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