VOLTA REDONDA
Uma ação integrada entre a Polícia Civil, Guarda Municipal e Secretaria do Meio Ambiente de Volta Redonda flagrou um descarte irregular de entulho em uma área ambiental de preservação permanente no bairro Belo Horizonte. Donos dos quatro caminhões que transportavam o material foram multados e o proprietário da área, que não foi localizado, será autuado por crime ambiental. O flagra feito pelos policiais ocorreu na segunda-feira (14), na Avenida Nostório.
Os agentes realizavam uma diligência pelo bairro quando avistaram dois caminhões transportando entulhos. Os policiais suspeitaram e seguiram os veículos. Eles viram quando os motoristas entravam em um terreno baldio. Naquela região, que é uma espécie de vale, fica uma área de preservação permanente. Os policiais encontraram também um terceiro caminhão que já havia feito o despejo de resíduos no local. Foi dada ordem para apresentação das licenças ambientais exigidas para que aquele descarte fosse feito, mas a documentação não foi apresentada. Minutos depois, um quarto caminhão também chegou ao terreno.
A Guarda Municipal e a Secretaria do Meio Ambiente (SMMA) foram acionadas. Os fiscais ambientais constataram o crime ambiental. Ao serem questionados, os motoristas dos caminhões afirmaram que o proprietário do terreno tinha a licença necessária e que inclusive, costumavam fazer o descarte naquela área há algum tempo. No entanto, nenhum documento foi apresentado.
Os motoristas foram encaminhados à delegacia da Polícia Civil, onde foram ouvidos como testemunhas pelo crime ambiental. Os donos dos veículos foram multados em R$ 1.976,60. O proprietário da área será procurado e também receberá uma multa, além de se comprometer a fazer uma compensação ambiental.
Os fiscais ainda não conseguiram mensurar a quantidade de entulho despejado de forma irregular no local. No entanto, os funcionários da SMMA disseram que o lugar foi praticamente “aterrado” devido à grande quantidade de resíduos.
“Infelizmente é uma situação ainda muito comum em Volta Redonda. Muitas das vezes a prefeitura realiza a limpeza e há o despejo irregular de resíduos novamente no mesmo local. Até em áreas ribeirinhas há o descarte. Neste caso foi mais grave ainda porque se trata de uma área de preservação permanente”, apontou o analista de licenciamento e fiscal da SMMA, Sadoc Pessoa.
Denúncias sobre crimes ambientais podem ser feitas através do 156, Central de Atendimento Único (CAU).