Candidata a deputada estadual pelo União Brasil mora há sete anos em Porto Real
PORTO REAL
Moradora de Porto Real há sete anos, Iolanda Marinho é candidata a deputada estadual pelo União Brasil. Natural de Macaé, distrito de Glicério, a candidata chegou na região para fixar residência após 25 anos morando na Europa. E afirma que o território do interior é um dos mais bonitos do Brasil. Na política deseja fazer a diferença para a população. Ela é mais uma entrevistada do A VOZ ENTREVISTA, espaço aberto pelo jornal para os candidatos a deputado federal e estadual da região se apresentarem aos eleitores.
Iolanda contou quando teve esse despertar. Lembrou uma ocasião em que foi chamada para apresentação do livro do seu marido, o neurologista Carlos Henrique, e se deparou com uma realidade que a chocou: crianças descalças, passando pelo esgoto a céu aberto no bairro Parque Mariana. Ela sabe que a realidade não é muito diferente de outros lugares, mas se sentiu tocada a mudar essa condição.
Quando chegou a Porto Real ingressou na presidência da Associação de Mulheres, faz parte ainda da Federação das Mulheres Fluminenses, na qual é 1ª secretária, e da Confederação das Mulheres do Brasil, onde é conselheira. Após o episódio no Parque Mariana, iniciou um abaixo-assinado e levou à Brasília para conseguir verba para calçamento em toda cidade e tirar os esgotos a céu aberto. Isso aconteceu em 2015. Segundo Iolanda, teria conseguido a verba para tal em Brasília.
Se filou então ao Patriota e tentou ser eleita vereadora de Porto Real em 2020. Não teve êxito, mas retornar para a disputa neste ano para Alerj, desta vez pelo União Brasil a convite do deputado federal Delegado Antonio Furtado.
PROJETOS
Iolanda diz que, se eleita, lutará pelas mulheres. “Como mulher pensamos na família, família é casa, casa é lar. Pensei na minha campanha em tratar temas sobre moradia, saneamento básico e a coisa mais importante, como sou operadora de educação ambiental, o meio ambiente. Temos que pensar em alternativas de economia para as famílias que sejam ao mesmo tempo sustentáveis. Pensar no futuro e preparar. O sol é de graça. Imagina um programa no estado de construção de moradias com energia solar”, adianta.
Além disso, cita a existência da ferrovia na nossa região, que poderia retornar para favorecer o turismo. “É uma alternativa no transporte, gera economia e um crescimento na área turística da nossa região e estado”, disse a candidata.
Sua campanha está acontecendo em todo o território do estado em locais onde ela tem amigos e familiares. “A campanha é da minha sinceridade. Do meu choro porque me emociono mesmo. Quero estar na política para fazer a diferença. Tenho gastado muito por essa sinceridade. Os maus não enganarão para sempre porque quem sofre é o povo, as nossas crianças. Tenho esperança no Brasil e confiança nas crianças, mas precisamos acordar agora para esse futuro”, destacou Iolanda Marinho.
Evangélica, diz que uma vez leu um trecho de uma mensagem. “Ela dizia: nesse momento a política te chama. Faça em nome da paz que esse povo merece. É isso. É por isso, eu faço para Deus e pelas pessoas que sinto que precisam”, ressalta, completando que há ainda muitos locais onde o coronelismo do passado impera, mas a população precisa se libertar.
FORMAÇÃO
Toda a vida de Iolanda foi dedicada aos estudos e família. De oito irmãos é a sétima. Seu pai fundou uma escola gratuita no distrito em que nasceu, a única do local. Ela se formou no Instituto Educação do Estado do Rio de Janeiro, em magistério, retornou a sua cidade para dar aulas na escola que seu pai fundou: Cenecista Ivone Rabelo Tavares da Silva. Passou na Faculdade de Engenharia Cartográfica, mas não cursou. Depois fez Faculdade de História. Saiu do Brasil quando tinha 22 anos, se casou e foi morar na Itália, onde fez Faculdade de Letras Modernas e Filosofias. Criou uma escola diferente, como de seu pai, que atendia crianças de todos os níveis com diferenças de habilidades. Essa escola a fez ganhar um concurso de empreendedorismo feminino na Europa. A escola existe até hoje, doada para Universidade de Calábria.
Após 25 anos na Itália e fundar ainda o Museu do Tempo Livre, que contava a história da cidade onde morava, Calábria, retornou ao Brasil. Ela levou para Itália sua mãe, que ainda morava em Macaé, para tratar de uma séria doença. Por sete anos ela morou lá com Iolanda, e quando faleceu, viu que era a hora de retornar ao Brasil, escolhendo Porto Real para morar e já casada com o médico Luiz Henrique.
Ao retornar ao Brasil se formou em Direito e cursa atualmente a Faculdade de Farmácia. Ela diz que não vai parar de estudar. Ainda quer fazer Medicina.