Obra na Rodovia dos Metalúrgicos, em Volta Redonda, sofre paralisação parcial da intervenção no corpo hídrico  

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Desde o início, a grande obra que está sendo realizada ao logo da Rodovia dos Metalúrgicos, em Volta Redonda, pelo Grupo CP, em regime de Parceria Público Privada (PPP) e próximo ao bairro Jardim Belvedere vem sendo denunciada por vários vereadores, moradores das proximidades e ambientalistas locais. O caso tem sido motivo de amplas discussões na Câmara de Vereadores e muitas denúncias de parlamentares. Nesta quarta-feira, 5, técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estiveram vistoriando o serviço e em nota, o presidente do órgão, Cláudio Dutra, informou que solicitou paralisação parcial da intervenção no corpo hídrico, ressaltando que pela Lei complementar 140 o licenciamento da obra em questão é municipal. Explicou que não houve embargo da obra.

A vistoria dos técnicos do Inea, realizada no início da tarde de ontem foi acompanhada pelo vereador Jari (PSB). “O resultado da vistoria foi o embargo da obra. Reitero minha posição inicial de que tudo seja devidamente apurado e, constatada a culpa, que todos os envolvidos sejam punidos”, declarou o parlamentar.

RESPOSTA

Recentemente, em resposta a uma denúncia feita pelo vereador Paulinho do Raio X (MDB), o Inea garantiu que o empreendimento particular que está sendo realizado às margens da Rodovia dos Metalúrgicos, no Jardim Belvedere não tem autorização do órgão. No documento oficial recebido pelo parlamentar, o órgão garante que o serviço não passou por licenciamento.

Ainda de acordo com o documento enviado ao parlamentar, a licença ocorreu no âmbito municipal, sem que o Inea tenha sido consultado. No mesmo documento o órgão garante que a obra está sendo feita às margens de uma lagoa. Para se ter uma ideia, o vereador havia feito a denúncia ao órgão em janeiro deste ano e recebeu a resposta oficial na última quinta-feira.

JUSTIÇA ACIONADA

Outro que já havia acionado à Justiça contra a obra é o vereador Carlinhos Santana (SD). “Não é de hoje que estamos alertando, mas nada foi feito. Disseram que estava tudo certo. E agora?” Indagou o parlamentar, lembrando que no final do mês de abril entrou com um requerimento no Ministério Público Federal, em Volta Redonda, em busca de mais informações sobre a obra em execução. Na ocasião falou sobre sua preocupação e de outras pessoas, principalmente de quem reside nas imediações. Ele pediu vários esclarecimentos, como quem é o verdadeiro responsável pela obra, se é particular ou do Poder Público, se a obra de terraplanagem canalização, até o Córrego Cafua, incluindo o aterramento de uma lagoa existente no local há mais de 50 anos foi aprovada pela prefeitura e se tem um projeto urbanístico de plantação, entre outros.

Ao A VOZ DA CIDADE, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Fluminense (Sinduscon-SF), Mauro Campos Pereira, disse na tarde desta quarta-feira, que ainda não sabia do embargo, que na verdade não aconteceu, mas que a obra não é dele e sim do Grupo CP, de sua família. Lembrou também que sempre investiu para a melhoria da cidade e no momento, o que está ocorrendo é uma briga política. Destacou que estão associando seu nome a uma briga de políticos contra a administração municipal.

À noite, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) também divulgou nota. Informou que, no cumprimento de sua atribuição no Licenciamento Ambiental do Município a visita técnica realizada pelo Inea na obra da rotatória próxima a entrada do bairro Jardim Belvedere confirmou as notificações e auto de infração emitido ao empreendedor pela Secretaria, paralisando as intervenções na área úmida e solicitando recuperação da área. Garantiu ainda que a obra da rotatória está liberada para prosseguimento.

 

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