SUL FLUMINENSE
Quem nunca ouviu falar na página Monitoramento Climático do Sul Fluminense? Podemos assegurar que pelo menos 14.400 pessoas sim. Esse é o número de curtidas que a página do Facebook, idealizada por dois jovens de Barra Mansa, alcançou até hoje, com mais de um ano de criação. O sucesso é tanto que os dois, intitulados como observadores meteorológicos, servem como fontes em grandes jornais do Rio de Janeiro e até São Paulo, fazendo com que a página deixasse de atender só a região e, desde o dia 24 de setembro deste ano, passasse atender todo o estado, chamando agora Central de Monitoramento Climático Fluminense.
Intitulados como observadores meteorológicos, eles já serviram como referências em grandes jornais e hoje estão estendendo a previsão a nível estadual
A equipe do A VOZ DA CIDADE conversou com exclusividade com o jovem Rafael Leonardo Bellan, de 22 anos, administrador da página junto com Rodrigo Augusto, de 27. Ele explicou que os dois se conheceram nas redes sociais comentando assuntos sobre o tema, fazendo com que se adicionassem ao descobrirem que além do interesse pelo assunto, que ambos estudam há mais de dez anos, moram no mesmo bairro, Vila Maria.
“Participávamos comentando em algumas páginas, até que no dia 28 de maio do ano passado, fizemos a página Monitoramento Climático do Sul Fluminense. Nosso objetivo até hoje é passar informações sobre os nossos municípios de forma clara e fácil, numa linguagem mais simples para a população dentro dos nossos conhecimentos meteorológicos”, explicou Rafael.
“A página foi criando uma proporção tão grande, tanta gente nos procurando de fora da região e até mesmo jornais de grande circulação (para saber informações do tempo na localidade), que resolvemos no dia 24 de setembro deste ano transformar a página em uma central que pega agora todo o estado”, contou.
Segundo Bellan, eles já contribuíram com informações para jornais locais, como o A VOZ DA CIDADE, por exemplo, e de fora, como Folha de São Paulo, Uol Notícias e Veja.
Questionados sobre a base dos dois para falarem sobre o assunto e as fontes usadas para pesquisas, ele explicou que ambos estão classificados na área de observadores meteorológicos, que é a classe amadora. “Somos reconhecidos pela Unidade Meteorológica. Coletamos dados há mais de dez anos, que muitas vezes até ajudam no trabalho deles. Além dos nossos conhecimentos pessoais do comportamento do clima aqui no Sul do Estado, sempre usamos como base o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Windyty, Spark, e o National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que significa Administração Oceânica e Atmosférica Nacional”, informou.
Rafael conclui explicando que eles não tinham ideia de que a página fosse crescer de tal maneira. Para ele, o sucesso vem da necessidade de informações. “Estamos vivendo um momento muito difícil, principalmente vindo de um estado que está falido. Do meu ponto de vista, estamos fazendo simplesmente de forma voluntária o que era papel do estado e do Poder Público fazer – passar essas informações, visto que a maior parte das pessoas que nos procuram são vítimas das chuvas e enchentes e que dependem dessa notícia para saber qual medida a se tomar”, finalizou Rafael.
A Central de Monitoramento Climático Fluminense não possui nenhum tipo de retorno financeiro. Quem quiser fazer contato com os jovens, além da página, pode mandar email através do endereço [email protected].