VOLTA REDONDA/ESTADO
Está marcado para esta quinta-feira o julgamento do caso dos ex-deputados estaduais Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do MDB. Eles serão julgados por seis desembargadores da 1ª Sessão Especializada do Tribunal Regional Federal. Em ambas as decisões, de culpados ou inocentes, ainda caberá recurso. Eles estão presos desde novembro de 2017 em Bangu, no Rio, após a Operação Cadeia Velha. Apenas Picciani está em prisão domiciliar.
Contra Picciani e Paulo Melo há acusações de sete colaboradores de terem recebido mais de R$ 140 milhões em propina da Fetranspor para atuarem dentro da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Existiram, segundo a acusação, provas como emails, gravações telefônicas, planilha. Contra Albertassi, que é de Volta Redonda, há delação de Marcelo Traça, considerado pelos investigadores como o responsável por ter dado uma colaboração em delação trazendo detalhes da organização de empresários do setor do transporte para corromper deputados estaduais durante quase 30 anos. Ele é ex-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Setrerj) e ex-vice do conselho de administração da Federação das Empresas de Transportes do Estado (Fetranspor).
Segundo pessoas ligadas a Albertassi, o processo é bem fraco e contra o ex-deputado tem apenas uma acusação de que ele recebeu R$ 2 milhões em contratos de publicidade em rádios de sua propriedade em troca de elaboração de leis que favorecem os empresários.
OUTRA PRISÃO
Um ano depois da Operação Cadeia Velha, Albertassi, Paulo Melo e Picciani sofreram novo pedido de mandado de prisão preventiva. Dessa vez na Operação Furna da Onça que, de acordo com o Ministério Público Federal, investigou participação de deputados estaduais em um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos e mão de obra terceirizada em órgãos do Governo do Estado. Ao todo, dez parlamentares foram presos.