Deputado Federal propõe humanização no atendimento de pacientes com Covid-19 e mais transparência nas ações do Hospital Regional

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VOLTA REDONDA

O Hospital Regional Zilda Arns, em Volta Redonda, tem recebido pacientes infectados com Covid-19 de todo o Estado do Rio de Janeiro. Mesmo adotando o atendimento necessário, familiares têm feito queixas, com frequência, que não conseguem receber informações sobre as pessoas internadas. Por esse motivo, o deputado federal Delegado Antonio Furtado conversou, através de videoconferência, na quinta-feira (30/04), com os promotores de justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Kataoka e Vanessa Gonzalez para encontrar uma maneira de humanizar o atendimento da unidade. Outro assunto tratado foi com relação a flexibilização da abertura do comércio na região.

“Minha intenção como deputado federal é que haja o melhor tratamento possível para esses doentes. O hospital regional está recebendo pacientes de todas as partes do Estado e não podemos deixar que os familiares fiquem sem informação. É necessário que os parentes recebam boletins médicos sobre a saúde de quem está na unidade”,  solicitou o parlamentar.

O Ministério Público já realizou três reuniões com a direção do hospital para tratar do assunto e uma nova está agendada para a próxima segunda-feira (04/05). Para solucionar o problema da falta de informações para os familiares, foi criada uma central telefônica na unidade de Volta Redonda.

“Teremos uma nova reunião da Promotoria de Justiça com a direção do hospital para verificar esse problema de falta de informação, porque ocorre e como o trabalho está sendo desenvolvido. Também vamos requisitar que o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) e a Vigilância Sanitária Estadual façam uma inspeção no hospital”, explicou Leonardo Kataoka.

Além de fornecer a informação do estado de saúde dos pacientes, o deputado federal Delegado Antonio Furtado sugeriu que sejam disponibilizados tablets ou smartphones para os pacientes, que estejam em condições, tenham como conversar com seus familiares por videochamadas. “Quero que o hospital realize o melhor atendimento médico possível e de forma transparente, tanto que vou reforçar a solicitação de inspeção ao Cremerj e a Vigilância Sanitária. Também quero que os pacientes e familiares sintam segurança no tratamento oferecido na unidade. Sugeri que, além do boletim, fosse disponibilizado um tablet ou aparelho celular para  a realização de videochamadas. Assim seria possível romper essa distância que as famílias têm dos pacientes e com a possibilidade de ver e ouvir a voz da pessoa que está em tratamento”, considerou o deputado federal.

Com relação a flexibilização do comércio na região, os promotores afirmaram que já está em análise. Em Barra Mansa as lojas já estão abertas em sistema de rodízio de horário desde o dia 29 de abril. Em Pinheiral, a abertura está prevista para começar na próxima segunda-feira (04/05). Para Volta Redonda, a flexibilização acontecerá em duas etapa, uma parte do comércio abrirá no dia 04 de maio e a outra parte no dia 11 de maio. Apenas shopping centers continuarão fechado até o dia 28 de maio.

“Sou a favor da flexibilização do comércio, mas, de forma alguma, vou deixar a questão da vida ou da saúde de lado. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio entre esses interesses: proteção da saúde das pessoas, recuperação dos doentes e reabertura do comércio. Só assim vamos garantir a manutenção dos empregos e a arrecadação das prefeituras para que consigam saldar as folhas de pagamentos e continuar a prestação dos serviços públicos”, explicou o deputado Delegado Antonio Furtado.

Para que o comércio volte a funcionar, algumas regras foram estabelecidas. Entre elas: a utilização de máscaras, álcool em gel e distanciamento entre as pessoas. Também é necessário que 50% dos leitos de UTI estejam vagos e que o número de casos não aumentem em mais de 5% ao dia. “Todas as exigências serão acompanhadas e concordo que são necessárias, tanto que propus um Projeto de Lei que prevê a utilização dos equipamentos de proteção individual. Vamos precisar da adesão da população, poder público e comerciante a todas as regras. Se não forem cumpridas, o Ministério Público admite revogar a abertura”, concluiu o parlamentar.

 

 

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