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Voluntários da Defesa Civil de Resende auxiliam nas buscas de vítimas em Brumadinho (MG)

Por Cyntia Freitas
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RESENDE/BRUMADINHO

Dez integrantes voluntários da Defesa Civil de Resende estão em Brumadinho (MG) para ajudarem nas buscas das vítimas do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, ocorrida no último dia 25. Os rejeitos da barragem atingiram a área administrativa da companhia Vale e a comunidade da Vila Ferteco.

Os voluntários de Resende fazem parte das Missões Urbanas do Brasil (MUB), uma ONG com especialistas em socorro e resgate em áreas de difícil acesso e de risco. “A ONG tem sede em Resende e é nossa parceira aqui na Defesa Civil Municipal sempre nos auxiliando em caso de resgate com grande risco. Com o acidente em Brumadinho, fizemos uma parceria e os enviamos para representar a Defesa Civil de Resende com o objetivo de reforçar as equipes de resgate e unir forças em caso de Desastres de grandes médias e pequenas proporções, como o que aconteceu naquela cidade mineira”, explicou o diretor da Defesa Civil, Atanagildo de Oliveira Alves.

O diretor da Defesa Civil contou ainda que, num primeiro contato a equipe de voluntários que já estão acostumados com situações de risco informaram que o cenário é devastador. “Eles contaram que por toda a área atingida em Brumadinho o que mais se vê é lama, vegetação e construções destruídas. Tudo virou um mar de lamas. Os trabalhos de busca por vítimas do rompimento da barragem é muito difícil, mas nossos voluntários não medem esforços nas buscas e procura pelas vítimas desaparecidas que possivelmente estão no meio da lama em locais de muito difícil acesso”, comentou Atanagildo, que deverá entrar em contato com os voluntários nas próximas horas para saber mais informações e até quando eles ficarão no local ajudando no resgate das vítimas. “Conseguimos doações para enviar os voluntários da ONG Missões Urbanas do Brasil para ajudar nossos irmãos de Brumadinho nesta hora mais difícil que estão passando”, completou.

Os voluntários são especialistas em socorro e resgate em áreas de difícil acesso e de risco – Foto: Divulgação

Atanagildo também aproveitou para informar que as doações para Brumadinho foram suspensas. Ele até ressaltou que empresas estavam ligando para a Defesa Civil querendo saber como poderiam proceder para enviar doações para a Defesa Civil encaminhar para Brumadinho. “Os voluntários nos informaram nesta manhã que a equipe organizadora do resgate em Brumadinho disse que era para suspender as doações neste momento porque eles receberam grande quantidade de donativos e não tinham mais local para fazer o armazenamento. Eu, até tinha postado nas redes sociais que temos a disposição um caminhão pra fazer a logística dos donativos até Brumadinho MG com capacidade de até 20 toneladas. É uma parceria da Defesa Civil com um munícipe do Campo Belo voluntário disposto a ajudar quem muito necessita. Mas, por enquanto, como eles pediram para não enviar neste momento mais doações, vamos aguardar um novo chamamento”, informou.

Voluntários representando a Defesa Civil de Resende já estão auxiliando nas buscas das vítimas Foto: Divulgação

ROMPIMENTO DA BARRAGEM EM BRUMADINHO


Até o fechamento desta edição, as informações eram de que subiu

para 60 o número de mortes confirmadas com o  rompimento da barragem. Ao todo, 292 pessoas continuam desaparecidas, 192 foram resgatadas, 382 localizados, 19 corpos já foram identificados e 135 desabrigados. Todos os corpos que são resgatados pelas equipes são levados para o Instituto Médico Legal (IML) para identificação.

A lama devastou o refeitório da empresa e pousada do local em que ficavam e alguns pontos da cidade estão ilhados. Na pousada havia 35 pessoas.

As buscas pelas vítimas já estão no quarto dia. Na manhã desta segunda-feira, tropas militares de Israel começam a chegar à localidade do acidente. Ao todo 136 militares israelenses vão auxiliar nas buscas por pessoas desaparecidas. As tropas estão trazendo equipamentos que detectam sinal de aparelhos celulares e sonares que conseguem detectar o sinal de dispositivos eletrônicos que ainda estejam ligados até uma profundidade de aproximadamente quatro metros. No entanto, em alguns pontos, a lama atingiu cerca de 15 metros.

A expectativa das autoridades brasileiras é de que, com o apoio israelense, as chances de encontrar vítimas seja ampliada.

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