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Caminhoneiros iniciam paralisação nesta segunda-feira

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE

Na última quinta-feira, 6, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, determinou a suspensão da fiscalização com aplicação de multa por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para os veículos flagrados descumprindo a tabela do frete mínimo. Em assembleia realizada neste domingo, 9, os caminhoneiros decidiram começar nova paralisação a partir das 7 horas de segunda-feira, dia 10. Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense (Sindicat), Francisco Wilde, em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, os caminhoneiros se concentrarão na altura da Flumidiesel, parando os caminhões que seguirem sentido Rio de Janeiro e, no posto Metano, os que estiverem indo sentido São Paulo. Ambos estão concentrados em Barra Mansa. O movimento será em todo Brasil, de acordo com Wilde.

Wilde esclareceu que depois da decisão do ministro na semana passada, as empresas pararam de repassar o frete que conquistaram na última paralisação no mês de maio. Desde então cada sindicato esteve em reuniões contínuas. Até que neste domingo, o Sinditac, que abrange a região, decidiu pela paralisação. “Queremos que a ANTT coloque no Ciot, que é um documento quando manifesta a carga que precisa ser colocado o valor do frete, se não tiver o valor adequado da distância percorrida, o sistema não libera para o caminhoneiro seguir. Logo após a decisão, as empresas já começaram a baixar o valor do frete. É como dar bala para criança e depois tirar. Foi isso que fizeram com a gente. Acidentes diminuíram, trabalhadores tiveram melhores condições. Não podemos voltar atrás”, disse o presidente do sindicato, frisando que deixarão passar caminhões com carga viva e cada situação será analisada. “Não deixamos remédios parados da outra vez. Vamos analisando cada caso”, contou.


NO STF

As punições estão suspensas até que o STF decida sobre a constitucionalidade do tabelamento. A medida foi solicitada pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no STF, em novembro, sob o argumento de que as multas estavam sendo aplicadas pelo descumprimento de uma tabela ‘inconstitucional’. A tabela do frete foi acertada entre o governo federal e os representantes da categoria em setembro, quando a ANTT publicou no Diário Oficial da União o documento com preços mínimos de frete rodoviário reajustados, o preço mínimo do frete para carga geral é de R$ 2,10 na faixa de 1 até 100 quilômetros, considerando o custo por Km/eixo. Já na tabela para Carga Granel, o valor mínimo é de R$ 2,05 por Km/eixo também na faixa de 1 a 100 km. Após a decisão do ministro Luiz Fux, os representantes dos principais movimentos de caminhoneiros divulgaram áudios e relatos pelas redes sociais criticando a medida e anunciando a organização para uma possível mobilização, que não é descartada de ocorrer ainda neste ano.

Somente no Sul Fluminense a direção do Sinditac contabiliza nove mil caminhoneiros, sendo quatro mil associados e todos querem a valorização.

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