VOLTA REDONDA
A direção do Sindicato da Construção Civil do Município e Região, e o vereador Rodrigo Furtado (PTC) estão em busca de informações sobre a empresa Engesil Engenharia que nesta semana abandonou as obras de acabamento de pelo menos 18 lojas do Shopping Park Sul, com inauguração marcada para a próxima terça, 23. Segundo denúncias de trabalhadores, a empreiteira deixou a cidade de um dia para o outro sem aviso prévio, deixando os funcionários sem pagamento e sem outros direitos trabalhistas. A alegação, de acordo com os denunciantes, é falta de dinheiro para pagar os trabalhadores.
A Engesil, de acordo com a direção do Sindicato da Construção Civil, está repetindo o que fez a terceirizada Rio Zim, que desde o ano passado prestando serviços à Prefeitura de Volta Redonda. Como a Engesil, que estava na obra de construção do novo Shopping da cidade, deixou Volta Redonda e os trabalhadores sem explicações, sem pagamento e sem os direitos trabalhistas.
Segundo os denunciantes, como as obras estão aceleradas para a abertura oficial do novo shopping ao público no próximo dia 23, a direção da Engesil vinha cobrando empenho deles até mesmo durante a madrugada e de repente vai embora da cidade sem dar nenhuma explicação. Nenhum representante da empresa foi localizado para falar sobre o caso. Um dos funcionários garante que procurou o dono da empresa, que alegou falta de dinheiro para pagar os salários e os direitos trabalhistas.
Diante da denúncia, a direção do Sindicato da Construção Civil já iniciou as investigações. Ao A VOZ DA CIDADE, o diretor do Sindicato, Zeomar Tessaro, informou que assim que foi informado, procurou a empresa Racional, responsável pela contratação de terceirizadas para a obra do novo shopping. Só que, de acordo com Tessaro, a Engezil não foi contratada pela direção do empreendimento, mas por donos de algumas de lojas, ou seja, operou para lojistas. “Tomamos conhecimento de que essa empresa foi contratadas pelos vários lojistas para a realização de serviços de acabamento. Ela não é de Volta Redonda e não presta serviço direto para o Shopping. Estavam atendendo pessoas que estão com lojas no novo empreendimento. Mesmo assim, já estamos correndo atrás para que os trabalhadores não fiquem no prejuízo. De um jeito ou de outro eles não serão prejudicados”, garantiu Tessaro.
VISITA AO CANTEIRO DE OBRAS
Assim que a denúncia foi feita por um trabalhador, o vereador Rodrigo Furtado (PTC) foi em busca de informações e buscar a verdade. Na tarde de quarta-feira, 17, ele visitou as obras da área externa, em fase de conclusão, do Shopping Park Sul.
A fiscalização de acordo com o parlamentar, em especial, teve o objetivo de apurar as informações sobre o abandono da empresa. Disse que foi informado que a empreiteira teria abandonado, sem justificativa, o serviço de acabamento de pelo menos 18 lojas e deixado de arcar com o pagamento de cerca de 40 funcionários. Rodrigo foi recebido por representantes da Racional Engenharia, responsável pela obra geral de construção do Park Sul.
O vereador explicou que é de cada lojista a responsabilidade de contratar a empreiteira desejada para a finalização da loja, conforme suas necessidades e especificações. Por parte da construtora do Shopping, segundo o parlamentar, só há o repasse de orientações básicas e coletivas, como determinações de segurança, não acumulando a participação nas contratações. “Esclareço que, como vereador, não tenho gestão na questão, por se tratar de uma obra privada e não pública. Minha visita teve o objetivo de elucidar algumas dúvidas e ajudar os trabalhadores lesados da melhor forma. Nossa função é fiscalizar e exigir que a lei seja devidamente cumprida. Como advogado, oriento aos funcionários e empresários prejudicados que busquem apoio jurídico para a resolução do impasse”, disse o parlamentar.
LEI 5.335
Rodrigo é autor da lei 5.335, que obriga às empresas com mais de 20 funcionários, a reservarem 70% do quadro para mão de obra local, e 15% desse quantitativo, no mínimo, para mulheres. Ele acrescentou que a exceção é a contratação de serviço especializado, sendo permitido, nesse caso, o recrutamento oriundo de outras cidades. “Foi justamente para evitar problemas como o citado que idealizei essa lei. O objetivo é aumentar o número de empregos e evitar que os trabalhadores sejam lesados em outras cidades e encontrem dificuldade em buscar seus direitos judicialmente “, explicou.
Rodrigo relembrou ainda que, desde a retomada da obra, em 2017, mais de 600 trabalhadores voltarredondenses foram empregados no empreendimento. Com a inauguração, de acordo com o autor da lei, mais de dois mil postos de trabalho serão ocupados por mão de obra local. “Fico muito feliz em ter participado, indiretamente, de tantas contratações. Nossa lei foi uma grande vitória e colaborou para a proteção dos direitos, resguardando os trabalhadores. Tivemos a oportunidade de incentivar a geração de emprego e isso é muito gratificante. Quem ganha é a população e o nosso município”, finalizou.
2 Comentários
Só foi lá fazer média e aparecer resolver não resolveu então do q adiantou ir lá.esquece a política lembre se q lá tem um monte de pai de família precisando levar o q comer para casa hipocrisia pura
Já que foram as lojas que contrataram a empreiteira para as lojas, cabe a eles o pagamento aos funcionários prejudicados. Quanto aos proprietário do Shopping, verdadeiros donos deste centro Comercial tem também responsabilidades com relação as estes trabalhadores que foram tungados, e devem pressionar estas lojas e fazer todos os esforços para que o pagamento dos trabalhadores saiam o quanto antes.