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Compositores de Volta Redonda vencem concurso para samba-enredo da Mangueira

Por Gabriella Vicente
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No último sábado, 13, a Estação Primeira de Mangueira definiu o samba-enredo que será cantado no carnaval de 2019. Os compositores volta-redondenses Silvio Mama, Marcio Bola e Ronie Oliveira, em parceria com os cariocas Deivid Domênico, Tomaz Miranda e Danilo Firmino assinam o hino campeão que concorreu com outros 15 sambas inscritos no concurso iniciado em 1º de setembro tendo como enredo ‘História Pra Ninar Gente Grande’.

Mama, que falou ao A VOZ DA CIDADE, está na ala de compositores da Mangueira há oito anos, há 20 participa diretamente no carnaval do Rio de Janeiro e Volta Redonda e já trouxe Chininha, ex-presidente da Verde e Rosa à Cidade do Aço para batizar a Império Santa Cruz que tem as mesmas cores da madrinha Mangueira, em 1997.

O fundador do Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Império de Santa Cruz, Silvio Moreira, o Mama fala de como foi a composição “Como a parceria foi à distância fomos enviando para o Deivid Domênico e Tomaz Miranda os trechos que vinham e eles foram lapidando o conteúdo e graças a Deus criamos essa obra maravilhosa e que a Mangueira foi muito feliz em escolher”, contou.

Já Marcio Bola e Roni Oliveira estão na Verde Rosa há quatro e três anos, respectivamente. Além deles, Carlinhos, o Carlos Alberto Antônio, do bairro Eucaliptal e Victor Nunes e Leonardo Machado, organizadores do Bloco dos Camisolas, no Limoeiro, compuseram pela primeira vez uma parceria na Estação Primeira de Mangueira a convite de Mama, mas infelizmente na escola apenas seis compositores podem assinar o samba.


A respeito de Mama, Victor declara ele é o principal responsável por essa parceira que foi montada em Volta Redonda. “Não sei se a ficha já caiu, mas acredito que tenha sido merecido. Fizemos o samba com o coração”, afirmou Victor, amante de samba-enredo desde a infância e atualmente professor.

Mangueirense de coração, Mama afirma que a escolha do parceiro não foi por acaso. “Eu procuro observar aqui em Volta Redonda as pessoas que realmente gostam de samba, gostam de escrever, gostam de sentir o samba na alma, pulsando no coração”, explicou criterioso.

A parceria não tinha recurso, nem investidor. Não foi possível imprimir a letra do samba em uma gráfica, não tinha como bancar a torcida, cada um pagou seu ingresso e os cinco ônibus e uma van foram financiados pelos próprios compositores, não possuíam adereços de mão como bolas e bandeiras, utilizaram lenços e na final competiram com Helio Turco ganhador de 16 sambas na Mangueira e Lequinho que ganhou nove sambas, sendo quatro consecutivos.

O compositor que ouviu de muitos que seria difícil emplacar um samba na tradicional escola da Mangueira, mas teve o apoio de sua esposa Luzideia Moreira e dos filhos Flávia e Felipe Moreira, acredita que é uma vitória para a cidade. “Saber que na nossa região tivemos seis pessoas envolvidas nesse processo de disputa na Mangueira é motivo para dar atenção. A gente também ajuda a divulgar a cidade, as pessoas, os nossos empresários e políticos precisam nos ver com outros olhos, sabendo que samba-enredo é cultura, todos precisam enxergar isso e é bom para Volta Redonda toda”, concluiu, resumindo o sentimento de superação que vai levar consigo.

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